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Democracia verdadeira já! junta centenas em Lisboa e no Porto

Este domingo, em Lisboa, 500 'indignados' saíram à rua exigindo a auditoria da dívida e reclamando por mais e melhor democracia. No Porto, meia centena juntou-se na ribeira da cidade numa manifestação “contra o pacto do euro” e por uma “democracia real já”.
No Porto, meia centena de jovens do movimento “Acampada Porto” juntou-se na ribeira da cidade numa manifestação “contra o pacto do euro” e por uma “democracia real já”. Foto de Estela Silva/LUSA.

O movimento português inspirado na "acampada" espanhola convocou manifestações em Lisboa, Porto e Coimbra respondendo ao apelo internacional para um dia geral de protesto.

Em Lisboa, o movimento que resultou da “acampada no Rossio”, juntou, este domingo à tarde, cerca de 500 pessoas que desceram a Avenida da Liberdade gritando “FMI fora daqui”. Os manifestantes, que saíram rua para exigir “mais e melhor democracia”, gritaram também palavras de ordem como “Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal, a luta é internacional” e pela auditoria da dívída portuguesa.

No final da marcha de protesto, os manifestantes reuniram-se na Praça do Rossio, onde teve lugar uma assembleia popular.

No Porto, meia centena de jovens do movimento “Acampada Porto” juntou-se na ribeira da cidade numa manifestação “contra o pacto do euro” e por uma “democracia real já”.

“Paguem eles a sua crise”, podia ler-se numa faixa que escoltou a lenta marcha dos jovens pelas duas margens do rio Douro, acompanhada por cartazes e cânticos em coro.

Na rua iam-se ouvindo os protestos – “o FMI não manda aqui”, “Sócrates e Coelho, é tudo igual” – num ritmo marcado pelas pandeiretas, palmas, tambores e até uma gaita-de-foles.

O grupo, explicou Maria Sá, uma das porta-vozes, está “contra o pacto do euro”. “Estamos solidários com o resto dos países. Queremos uma democracia real já, sem dúvida alguma. Sabemos que as coisas não estão a funcionar bem e vão ser ainda muito piores”, acrescentou à Lusa.

Também querem que “as coisas mudem”, que “as pessoas abram os olhos e tenham consciência política, social e façam alguma coisa por mudar porque continuar a votar nos mesmos não é a melhor opção”.

Depois da manifestação, o Acampada Porto irá continuar a fazer assembleias populares “todas as segundas, quartas e sábados na Avenida dos Aliados às 21h30”.
 

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