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Controlinveste despede mais 65 jornalistas e 95 funcionários

O grupo de comunicação social recentemente adquirido por capital angolano anunciou mais 160 despedimentos, depois de 20 profissionais já terem rescindido com a atual administração. Proença de Carvalho diz que os despedimentos são "indispensáveis".
Proença de Carvalho apresentou a nova vaga de despedimentos como "dolorosa, mas indispensável". Foto José Sena Goulão/Lusa

O grupo de comunicação que detém o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF e O Jogo, entre outros títulos da imprensa nacional, já começou a contactar os trabalhadores a despedir. Entre eles estão 65 jornalistas, segundo o semanário Expresso, que adianta também que o mais afetado pelos despedimentos será o Diário de Notícias, enquanto o diário desportivo O Jogo será o menos penalizado com os cortes de pessoal.

O programa de despedimentos era já aguardado nas redações, mesmo após a saída de 20 trabalhadores através de rescisões negociadas pela atual administração. Este será o destino previsto para mais 20 trabalhadores do grupo, enquanto os restantes 140 serão alvo de despedimento coletivo.

"As medidas agora anunciadas, embora dolorosas, são indispensáveis para que o grupo possa crescer sustentadamente no futuro próximo”, declarou o presidente da Controlinveste, Daniel Proença de Carvalho, justificando os despedimentos com a crise dos media e a necessidade de "adaptação dos recursos humanos do grupo às realidades do sector e das suas empresas”.

O grupo Controlinveste foi alvo de uma operação com entrada de capital angolano por parte do empresário António Mosquito, que passou a deter uma fatia do capital idêntica à do anterior proprietário, Joaquim Oliveira. Na operação entrou também Luiz Montez, com 15% do capital, enquanto o BCP e o BES, credores do grupo, assumiram uma fatia de 15% cada um.

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