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Cimeira da Nato: governo quer cancelar concertos

Plataforma Anti-guerra e Anti-Nato (Pagan) denuncia pressões para os espectáculos dos Arcade Fire e de Shakira não se realizarem por causa da cimeira.
Foto Pagan

A Plataforma Anti-guerra e Anti-Nato (Pagan) denunciou em comunicado que o governo, através do SSI – Sistema de Segurança Interna, quer impedir a realização dos concertos dos Arcade Fire e de Shakira no Pavilhão Atlântico, que ocorrem em paralelo à cimeira. O concerto da banda canadiana é no dia 18 de Novembro e o da cantora colombiana no dia 21. A cimeira da Nato realiza-se nos dias 19 e 20 de Novembro, também no Parque das Nações.

A iniciativa, segundo a Pagan, ocorre depois de o SSI ter “recheado” o Parque das Nações com polícias e câmaras de filmar; e depois de o governo ter mobilizado carros de combate e promovido um regime jurídico especial para a capital, durante a cimeira.

“É que a NATO marcou o encontro de 28 senhores da guerra nas imediações do Pavilhão e a banda dos 28, com o seu maestro Obama, não querem concorrência”, ironiza a organização. “Querem o terreno raso, apenas com os seus polícias, no mar, no ar, em terra e a cheirar os esgotos.”

Para a Pagan, milhares de cidadãos compraram os seus bilhetes para ouvir os artistas e não para encontrar o local interdito a favor da banda dos 28. Essas pessoas “querem ter momentos de prazer ao ouvir os seus artistas preferidos e dispensam a formulação da estratégia de guerra que a NATO vem preparar em Lisboa.”

A Pagan reivindica o cancelamento da Cimeira da NATO, como primeiro passo para a sua extinção.

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