O coordenador da comissão de trabalhadores da Autoeuropa interveio no almoço-comício da candidatura de Manuel Alegre este sábado em Palmela e acusou Cavaco Silva de ter exercido “a maior repressão sobre o povo depois do 25 de Abril nas cargas policiais com bala real” durante o buzinão na ponte, em 1994.
António Chora considera que “as eleições de 23 de Janeiro são talvez as mais importantes dos últimos anos e podem definir o futuro próximo dos trabalhadores e da população em geral”, alertando que “a direita quer, 37 anos depois do 25 Abril, ter um governo e um presidente e com isso ajustar contas com os trabalhadores e com a Constituição”.
Segundo a agência Lusa, o coordenador da comissão de trabalhadores da Autoeuropa lembrou também que no distrito de Setúbal “o candidato da direita [deu] início ao desmembramento da nossa frota de pesca tal como à redução de produção de tomate e arroz”.
António Chora afirmou a concluir a sua intervenção:
“Nós não esquecemos o que passámos com tal governação. Os representantes dos trabalhadores têm o dever de dizer em quem os trabalhadores não devem votar”.