Está aqui

Bloco desafia Sócrates a integrar 100 mil precários na função pública

“Um Estado Social, de que o primeiro ministro tantas vezes fala, começa por aqui”, salientou em conferência de imprensa Francisco Louçã, que também elogiou a intervenção de Manuel Alegre na rentrée.
Marcha contra a precariedade - Foto de Ana Candeias

O coordenador da comissão política do Bloco afirmou: “A nossa primeira prioridade é esta, desafiar José Sócrates a integrar nas carreiras 100 mil trabalhadores da administração central e da administração local que estão em situação de recibos verdes, contratos a prazo, ou seja, numa situação de falsa relação de trabalho com o Estado, que assim viola a sua lei”.

Concretizando esta prioridade, o Bloco apresenta um projecto de lei (ao qual pode aceder clicando aqui), que compromete o Estado no combate à precariedade e aos recibos verdes.

Segundo a agência Lusa, Francisco Louçã na conferência de imprensa sublinhou que a integração dos precários é uma medida “sem custos” e realçou que o Estado tem “a responsabilidade de não continuar a violar a sua própria lei e não prejudicar trabalhadores que, se pudessem ter acesso à sua carreira, responderiam, pelo mesmo custo, por mais responsabilidade, por melhores serviços públicos”.

O deputado do Bloco criticou também o Governo por Portugal ir “devolver três quartos do Fundo Europeu para o Combate aos Efeitos da Globalização”, que visava trabalhadores despedidos por deslocalizações: “Perdemos dinheiro no momento em que há o maior número de trabalhadores vítimas destas deslocalizações e, portanto, de despedimentos, em situações de enorme dificuldade”, disse.

Louçã sublinhou ainda: “Mais do que duplicou a parte dos salários na função pública que são dedicados a pessoas vulneráveis e totalmente expostas a uma situação absolutamente precária, nunca houve um Governo tão promotor da precariedade e tão abusivo contra a lei e contra os trabalhadores”.

Segundo a agência Lusa, Francisco Louçã foi questionado pelos jornalistas sobre a carta enviada por Edite Estrela aos militantes do PS e quando surgirá em público na campanha presidencial, tendo rejeitado primeiro “comentar cartas internas do PS” e sobre a segunda questão respondeu que “a campanha presidencial é dirigida por Manuel Alegre, que a fará no melhor da sua convicção e determinação”.

O coordenador da Comissão Política do Bloco afirmou que ficou “muito satisfeito” com a intervenção de Manuel Alegre no CCB, frisando que “a campanha está na rua” e “está a avançar”.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Política
Comentários (2)