O coordenador da comissão política do Bloco pronunciou-se, numa sessão do Bloco em Santo Tirso, contra os bombardeamentos à Líbia por considerar que “bombardear um país árabe significa incendiar o Mundo Árabe” e defendeu que Portugal tem de “ter uma política de paz”.
Segundo a agência Lusa, Francisco Louçã lembrou a ideia base do Futurismo, “criado por um grupo de artistas ligado à direita”, que defendia que “a guerra era bela, que as máquinas de guerra são belas e que a destruição da guerra é a beleza dos tempos”. Para Louçã é espantoso que depois do “drama” das guerras que “marcaram o século passado” e do que se sabe sobre o “rasto de destruição dessas guerras” se continue a achar “belo que mísseis cruzeiros sejam disparados contra um país”.
O dirigente do Bloco afirmou que “a guerra nunca pode ser uma solução” e lembrou que “quem agora ataca a Líbia” no passado apoiou “déspotas como Kadhafi, Ben-Ali e Mubarak”.
Em relação à posição de Portugal, Louçã criticou “não esqueçamos que a Força Aérea Portuguesa foi a Tripoli comemorar os 40 anos do regime de Kadhafi e que Luís Amado estava na tenda de Kadhafi a cumprimentar o ditador” e defendeu que Portugal deve agir com “sensatez”:
“Nós temos que ter a sensatez das políticas da paz, de sair da lógica de incendiar”, afirmou.
Louçã defendeu que “uma invasão ou bombardeamento por países europeus ou dos Estados Unidos a países árabes significa incendiar o mundo árabe”.