Mais de metade dos votos já foram apurados nos resultados das eleições presidenciais austríacas e ao que tudo indica o resultado já é irreversível. Alexander Van der Bellen, o candidato ecologista e pró Europa venceu Nobert Hofer, do racista e xenófobo Partido da Liberdade. Até às eleições, o resultado era imprevisível e temia-se que a extrema-direita vencesse.
Este resultado põe fim a um longo e conturbado processo. Em maio o Chanceler austríaco, Werner Faymann, apresentou a sua demissão quando foi derrotado na primeira volta das eleições presidenciais, a 24 de abril. A segunda volta ocorreu a 22 de maio entre Norbert Hofer e Alexander van der Bellen. As sondagens de então davam a vitória garantida a Hofer, que acabou por perder as eleições para van der Bellen por três mil votos.
Os resultados demoraram a ser apurados pois ficaram dependentes de 900 mil votos por correspondência (correspondendo a 14% do eleitorado). Em junho, a extrema-direita contestou os resultados, alegando irregularidades nos votos por correspondência. O Tribunal Constitucional decretou no início de julho as eleições invalidadas e marcou novo plebiscito, cujo resultado foi agora conhecido.
Na sequência dos resultados eleitorais, Catarina Martins manifestou no Twitter o seu alívio pela derrota do candidato da extrema-direita, tendo, no entanto, confessado o seu "arrepio" por este ter recolhido mais de 45 por cento dos votos.
Suspiro de alívio pela derrota da extrema-direita na Áustria. Arrepio por ter tido mais de 45%
— Catarina Martins (@catarina_mart) 4 de dezembro de 2016