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Ativistas portugueses assinalam Dia Internacional Contra a Violência sobre Trabalhadores do Sexo

A Rede sobre Trabalho Sexual promove, esta sexta-feira, uma tertúlia sobre Trabalho Sexual para assinalar o Dia Internacional Contra a Violência sobre Trabalhadores do Sexo que se comemora este sábado, dia 17. Investigadora Alexandra Oliveira afirma que cerca de 90% dos/as trabalhadores/as do sexo de rua já foram vítimas de alguma forma de violência.

Para esta tertúlia, que se realizará em Lisboa, na Pensão do Amor (R. do Alecrim, 19), pelas 16h, foram convidados “diferentes stakeholders, membros da sociedade civil, académicos e representantes de órgãos públicos e dos principais partidos políticos, procurando ver discutido o estado da arte acerca da problemática do trabalho sexual e os direitos, liberdades e garantias das pessoas que trabalham na indústria do sexo, em Portugal”.

Após a tertúlia, que contará com a participação da deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins e do dirigente bloquista José Soeiro, será projetado, pelas 18h, o documentário “Das 09h às 05h – trabalho sexual é trabalho.”, de Rita Alcaire e Rodrigo Lacerda .

A partir das 22h terá lugar uma campanha de sensibilização no cais do Sodré.

Cerca de 90 por cento dos/as trabalhadores/as do sexo já foram vítimas de violência

A investigadora Alexandra Oliveira afirmou, em declarações à agência Lusa, que cerca de 90% dos trabalhadores do sexo que se prostituem na rua já foram vítimas de alguma forma de agressão.
“Os transexuais e os homens que se prostituem na rua são ainda mais vítimas de violência e agressões do que as mulheres”, adiantou Alexandra Oliveira.
A investigadora alerta para o facto de o facto de serem “pessoas sem direitos, sem voz, sem poder reivindicativo, dota os agressores de uma sensação de impunidade que faz com que as agridam”, sendo que muitas das vítimas não chegam, inclusive, a apresentar queixa.
Alexandra Oliveira defende que a prostituição devia ser legal, de forma a existir uma “legislação em prol destas pessoas, que as reconhecesse e protegesse”.
O Dia Internacional Contra a Violência sobre os Trabalhadores do Sexo assinala a data em que, há oito anos atrás, o assassino de 48 mulheres nos Estados Unidos, a maioria trabalhadoras do sexo foi considerado culpado destes crimes.

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