Entre os clientes da empresa, que fornece serviços de informação de defesa, política e economia, encontram-se algumas das 500 organizações mais lucrativas do mundo listadas na revista Fortune, como a BNP Paribas, Wester Union, American Express ou Visa, entre outras, e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Os Anonymous anunciaram o ataque através do Twitter e justificaram a ação como uma “doação de Natal”. O grupo divulgou também, no Twitter, a lista das empresas clientes da Stratfor juntamente com os respetivos dados dos cartões de crédito, como o Departamento da Defesa norte-americano, o Exército, a Força Aérea e empresas do ramo tecnológico como a Apple ou a Microsoft.
Segundo o New York Times, os piratas informáticos mostraram ainda imagens de recibos de transferências feitas a partir de alguns desses cartões de crédito para instituições de caridade, acompanhadas da frase “Obrigado! Agência de Segurança Interna”.
Um dos recibos divulgados estava em nome da Cruz Vermelha Americana e tinha o nome de um ex-responsável do Departamento Governamental Bancário do Texas, Allen Barr. Citado pelo mesmo jornal norte-americano, Barr afirmou que lhe foram debitados 700 dólares do seu cartão a favor de várias instituições de solidariedade. “Foram tudo instituições de caridade, Cruz Vermelha, CARE, Save The Children. Por isso, quando a empresa do cartão de crédito contactou a minha mulher ela não tinha a certeza se tinha sido eu a fazer a doação”, explicou.
Fred Burton,vice-presidente da Stratfor, cujo site se encontra em manutenção, disse à Associated Press que a empresa apresentou queixa às autoridades e que estão a trabalhar em conjunto na investigação.
Recorde-se que os Anonymous já tinham ameaçado realizar um ataque a sites de grandes instituições durante o fim-de-semana de Natal.
Os piratas informáticos alegaram que um dos motivos pelos quais conseguiram roubar dados da Stratfor se prende com a não encriptação (conversão ou transmissão de dados em código) da informação, o que será um grande embaraço para uma empresa que fornece análises políticas, económicas e militares para ajudar os clientes a reduzir riscos de segurança, refere o New York Times.
Num e-mail aos clientes, a que a agência Associated Press teve acesso, a Stratfor afirma que suspendeu o correio eletrónico e os seus servidores.