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Amnistia Internacional apela à prisão de Bush

A visita de George W. Bush nos próximos dias à Tanzânia, Etiópia e Zâmbia é novamente aproveitada pelos ativistas dos direitos humanos para o tentarem levar à justiça, onde deve responder por crimes de tortura.
Amnistia Internacional publicou as razões legais para que qualquer Estado detenha Bush para julgamento

"Todos os países que recebem a visita de George W. Bush têm a obrigação de o entregar à justiça pelo seu papel na tortura", afirmou Matt Pollard, conselheiro jurídico da Amnistia Internacional (AI), citado pela France Presse.

"A lei internacional exige que não haja refúgio possível para os responsáveis por tortura. A Etiópia, a Tanzânia e a Zâmbia devem aproveitar esta oportunidade para cumprir as suas obrigações e pôr fim à impunidade de que George W. Bush tem beneficiado até agora", defendeu Pollard.

A AI acusa Bush de ser responsável pela tortura cometida com o seu conhecimento e autorização nas prisões ilegais da CIA espalhadas pelo mundo, para onde os suspeitos eram levados nos "voos de rendição", durante as guerras no Afeganistão e Iraque. "Os EUA não fizeram investigações que atingissem o ex-presidente e tudo indica que não o farão, pelo menos num futuro próximo", lamenta a AI.

Sempre que o ex-presidente dos EUA anuncia uma saída do país, as organizações de defesa dos direitos humanos mobilizam-se para que a visita acabe em prisão até um julgamento, uma vez que os crimes de que é acusado "não são os que um chefe de Estado tem direito a qualquer imunidade face à lei internacional", diz a fundamentação jurídica que a AI publicou na sua página.

Há dois meses, a organização fez igual pedido ao governo do Canadá, onde Bush esteve a dar uma conferência. Por causa de iniciativas semelhantes, o ex-presidente norte-americano cancelou em março uma visita à Suíça.

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