Os movimentos de trabalhadores precários, Precários Inflexíveis e Ferve, denunciaram que muitas das Amas da Segurança Social só descobriram que tinham sido penhoradas, quando quiseram aceder às suas contas bancárias e “verificaram que nada já restava e que o Estado lhes havia roubado o pouco dinheiro que tinham para alimentar as suas famílias”.
Estas mulheres trabalham há quase 30 anos a falsos recibos verdes para a Segurança Social e para a Santa Casa da Misericórdia. Têm actualmente um salário de apenas 700 euros, do qual são obrigadas a pagar 29,6% para a Segurança Social, quando se estivessem legalizadas como trabalhadoras por conta de outrem teriam apenas de descontar 11%. A Segurança Social, por sua vez, não desconta os 23,75%, a que devia ser obrigada como entidade empregadora.
Os movimentos precários assinalam que:
“Esta história de arrepiar ganha agora um novo capítulo, pois a penhora das contas bancárias das amas pelas falsas dívidas à Segurança Social demonstra o enorme desprezo com que são tratadas apesar da importância do seu trabalho com as crianças de famílias desfavorecidas”.
Os movimentos lembram que PS e CDS/PP impediram a resolução do problema das falsas dívidas à Segurança Social, por parte de trabalhadores vítimas de falsos recibos verdes, na Assembleia da República (Ler notícia no esquerda.net: Falsos recibos verdes: PS mantém injustiça nas dívidas à Segurança Social).