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Alegre critica medidas do Partido Socialista que facilitam despedimentos

O candidato presidencial acusa o PS de estar a ceder a exigências das instâncias internacionais e considera que este “é um sinal errado que facilita o despedimento”. Para Alegre, o nosso problema, e o nosso “principal desperdício”, é o desemprego.
Manuel Alegre - Foto de manuelalegre2011/flickr

Durante o debate presidencial entre Manuel Alegre e Defensor Moura, emitido na passada quinta-feira pela RTP, foram abordadas, entre outras questões, as medidas anunciadas pelo governo aos parceiros sociais no que toca à fixação de tectos máximos às indemnizações por despedimento e à criação de um fundo para financiá-las.  

Manuel Alegre defendeu que este “É um sinal errado que facilita o despedimento”. Segundo o próprio, o nosso problema, e o nosso “principal desperdício”, é o desemprego, pelo que “deviam ser dados sinais neste sentido”.

Para o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo PS, o governo socialista está a ceder a uma exigência das instâncias internacionais, de “poderes não legitimados contra Estados que têm autoridade democrática”. No seu entender, as forças europeias conservadoras estão a aproveitar a crise para pôr em causa direitos sociais conquistados com os sacrifícios de várias gerações, sendo que considera "espantoso que não haja uma rebelião contra esses poderes, contra o capital financeiro".

Defensor Moura (deputado do Partido Socialista e ex-autarca socialista de Viana do Castelo) também criticou as medidas apresentadas pelo governo, afirmando que "É muito triste que a bandeira do governo seja a facilidade de despedir” e que “Parece que se está lutar para facilitar o despedimento e não a criar emprego".

Durante o debate, Manuel Alegre afirmou ainda que, caso seja eleito, usará "todos os poderes", nomeadamente o veto político, para impedir decisões que ponham em causa direitos sociais e serviços públicos.

Este candidato criticou também Cavaco Silva afirmando que "O Presidente já devia ter dado uma palavra contra a pressão exercida [pelo FMI] contra Portugal”.

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