Alberto João Jardim é a favor de todas a moções de censura menos da do Bloco

À margem da inauguração de um caminho municipal de 200 metros na freguesia dos Canhas, no concelho da Ponta do Sol, Alberto João Jardim foi peremptório: “A nossa posição em relação à moção do Bloco é completamente diferente. Os deputados do PSD da Madeira estão dispostos a votar uma moção de censura seja do PSD, seja do CDS, seja do PCP. Não votamos qualquer moção de censura do Bloco”.

O governante madeirense e líder do PSD-M justificou esta posição dizendo ser “o Bloco que orienta o PS contra a Zona Franca da Madeira, inclusivamente posso dizer que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais disse ao secretário regional da Finanças que não poderia justificar a continuidade do processo da Zona Franca em Bruxelas perante o Bloco”.

Acrescentou, de modo buçal, que o PSD-M é “claramente contra os valores defendidos pelo Bloco que, neste caso, também, orientaram o PS e que culminaram em legislação do casamento gay e outras idiotices exóticas que estão para aí aprovadas”.

“Nós não embarcamos no jogo do Bloco que é agora querer publicamente demarcar-se do PS quando Bloco e PS estiveram completamente cozidos na campanha do Manuel Alegre”, disse, concluindo “seja o que for do Bloco somos contra”.

Reconheceu, no entanto, ser importante para a Madeira uma mudança de governo na República Portuguesa “principalmente pelas coisas que estão encrencadas”. “Não é que eu tenha nada pessoalmente contra o engenheiro Sócrates, é que um governo que faz isto à Madeira não pode estar lá”, disse.

Na quarta-feira, Jardim tinha desafiado os deputados da Madeira na Assembleia da República a votarem favoravelmente qualquer moção de censura ao Governo da República.

“Acho que os deputados da Madeira devem apoiar qualquer moção de censura enquanto o Governo da República mantiver esta posição de confronto nomeadamente através da questão da zona franca e da sonegação de verbas que nós considerarmos que estão a ser sonegadas”, declarou então.