Cerca de 200 professores precários concentraram-se neste sábado no Rossio, em Lisboa, para denunciar “o maior despedimento de sempre” e exigir que os deixem "ser professores", até porque “a escola precisa” deles.
O protesto foi convocado por professores que não obtiveram colocação na primeira fase do concurso e decidiram chamar à mobilização através da Internet, privilegiando as redes sociais e em particular o Facebook. Os professores empunhavam pancartas onde se podia ler “ Fazemos falta às escolas”, “Não somos material descartável”, “Temos direito a indemnização”, “Varridos das escolas”, entre outros.
Miguel Reis, Belandina Vaz e Sérgio Paiva, os professores que convocaram o protesto abriram as intervenções. Denunciaram a situação de mais de 30 mil professores que ficaram sem colocação e defenderam o direito à vinculação ao fim de três anos de contratos consecutivos. E apelaram a todos os docentes que ficaram desempregados a exigirem nas secretarias das escolas a indemnização por quebra de contrato a que têm direito. Recordaram ainda que o insucesso escolar sairá muito mais caro ao país que a redução de gastos que o governo agora quer promover na Educação.
Miguel Reis revelou ao Esquerda.net que a mobilização vai prosseguir já no próximo sábado às 18h30 na escola secundária Camões, num encontro de professores contratados e desempregados.
Os presentes decidiram também participar das acções contra a precariedade na próxima sexta-feira, convocadas pela Fenprof e pela CGTP.
Terminadas as primeiras intervenções, o microfone ficou aberto aos professores que se revezaram em depoimentos. Deolinda Martin, da direcção do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, levou a solidariedade da entidade sindical. António Avelãs, presidente do sindicato, também esteve presente.