José Manuel Pureza rejeitou, em conferência de imprensa, as acusações de oportunismo contra a direcção do Bloco, esclarecendo que “oportunismo seria, para efeitos tácticos de aprovação de uma moção”, não criticar “os responsáveis todos pela política que tem governado o país” e omitir a responsabilidade do PSD na aprovação das medidas de austeridade introduzidas pelos Programas de Estabilidade e Crescimento e pelo Orçamento do Estado para 2011.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda clarificou que a crítica política do Bloco “é às medidas que têm um conteúdo de inspiração liberal, uma inspiração política de direita, e que têm sido responsáveis pela penalização da grande maioria da sociedade”, pelo que esta será, portanto, “uma moção de censura contra a direita e contra quem governa com políticas de direita” que permitirá uma “clarificação total” da situação política.
O Bloco pretende, segundo José Manuel Pureza, “que o país tenha a noção clara de qual é a situação política e não se deixe envolver em nevoeiros”, sendo que a maioria que nos governa actualmente “é uma maioria do PS e do PSD”.
A moção do BE terá “um mérito”: “Obrigar todas as forças políticas a tomar posição perante uma escolha concreta e não perante cenários hipotéticos”, adiantou ainda o líder parlamentar.
