Realizou-se neste domingo o 5º Encontro de Trabalho do Bloco de Esquerda, que debateu a crise e o PEC3, a “estratégia europeia 20-20”, os ataques ao Estado social e a actividade do Bloco no movimento do trabalho. (Pode aceder aqui ao documento de preparação)
Na intervenção de encerramento do encontro, Francisco Louçã salientou que a greve geral deve ser não só a greve geral de quem trabalha, mas também a greve dos desempregados, reformados, precários e dos que “nunca tiveram trabalho e não desistem do país”.
O coordenador da comissão política do Bloco realçou também o “facto extraordinariamente positivo” de o candidato presidencial Manuel Alegre ter tido uma palavra de incentivo e apoio para com a CGTP, no dia em que a central sindical tomou a decisão de convocar a greve geral.
“Precisamos de ter a certeza que quem tem a força para combater Cavaco Silva nos dá, em contrapartida, que é um Presidente que recusará de qualquer Governo qualquer ataque ao serviço Nacional de Saúde ou que recusa determinantemente qualquer ataque ao salário e qualquer política de austeridade”, sublinhou.
Francisco Louçã falou ainda sobre a “dúvida angustiante” sobre se o PS e o PSD se vão entender sobre o Orçamento de Estado para 2011, destacando que “apesar das tricas” PS e PSD já se entenderam sobre o aumento dos impostos, cortes nos salários e aumento do desemprego.
“A crise política, no entanto, não é essa, nunca foi essa. Cada uma dessas medidas é a crise política e a forma de responder à crise política é recusá-las”, defendeu Louçã, que classificou a greve geral de 24 de Novembrocomo o início de uma “luta muito mais forte”.