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“Esta cimeira ameaça ser mais um prego no caixão da zona euro”

A deputada do Bloco Ana Drago afirma que a cimeira europeia será um verdadeiro fracasso, sendo que a mesma termina "sem que propostas já largamente consensuais no espaço europeu fossem aceites". Ana Drago defende ainda que “os portugueses se possam pronunciar sobre alterações que vão limitar a sua soberania”.
Foto de EPA/Radek Pietruszka POLAND OUT.

Referindo-se à imposição de um limite à dívida na Constituição, que também é defendida pelo primeiro-ministro português, a deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago sublinha que a austeridade e a limitação da soberania são “um desastre para a democracia portuguesa”.

A dirigente bloquista lamenta que não tenham sido ponderados pelo Conselho Europeu “instrumentos que rapidamente atalhassem e colocassem um ponto final na crise das dívidas soberanas e no ataque à zona euro”, lembrando que entre as propostas possíveis estavam “uma actuação mais facilitada do BCE, os eurobonds, a criação de mecanismos financeiros que permitissem reencaminhar fundos para as economias para reverter este perigo de recessão económica e estancar o ataque dos mercados”.

Ao invés de ser analisada a implementação destas medidas, que “já são largamente consensuais no espaço europeu”, apenas se tentou atender aos interesses da Alemanha, lamentou Ana Drago.

Um primeiro-ministro “submisso”

A deputada do Bloco critica também o primeiro-ministro português a quem acusa de “falta de coragem”, uma vez que o mesmo é “sempre submisso às posições assumidas pela senhora Merkel”, e de “um fanatismo ideológico em relação às regras do mercado europeu e à não actuação do BCE que é absolutamente suicidário para o futuro do país”.

Bloco apresentará projeto de resolução de referendo nacional

Ana Drago, relembrou que, “em relação a quaisquer alterações aos tratados da União Europeia, o Bloco de Esquerda apresentará na Assembleia da República um projeto de resolução de referendo nacional”, na medida em que é imperativo garantir que “os portugueses se possam pronunciar sobre alterações que vão limitar a sua soberania”.

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