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“A partir de hoje haverá mais desemprego, dificuldades e insensibilidade social”

Francisco Louçã denunciou esta quinta-feira no Centro de Emprego de Sintra as medidas recessivas que entram em vigor e as consequências negativas que terão.
Francisco Louçã e Catarina Martins na visita ao Centro de Emprego de Sintra

“Em Portugal estas medidas recessivas, como o aumento de impostos e o aumento do IVA hoje, também aumentam o desemprego e, por isso, haverá mais pessoas nestas filas dos Centros de Emprego às 5 e 6 da manhã a partir de agora, porque haverá mais dificuldades e mais insensibilidade social” afirmou Francisco Louçã, que fez a visita acompanhado pela deputada Catarina Martins.

Segundo a agência Lusa, o coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda salientou ainda que as receitas que o Governo pretende obter com as medidas que entraram hoje em vigor “já foram gastas”.

“Aumenta hoje o IVA e os cerca de 500 milhões que o Governo quer ganhar de hoje até 31 de Dezembro já foram gastos, porque o Governo já pôs esse dinheiro, pagando aos bancos que tinham emprestado ao Banco Privado. O Banco Privado foi à falência”, disse.

Francisco Louçã considerou que o Governo do PS, com o apoio do PSD, está a praticar uma economia “sem humanidade, indecente e de exploração” que “tem de ser combatida em nome da solidariedade e justiça”. E concluiu: “Se hoje se reduz os apoios aos desempregados, se se reduz os subsídios de desemprego, se não há política de criação de emprego, quer dizer que a economia está a virar as costas às pessoas e é por isso que todas estas medidas são inconsistentes e perigosíssimas”.

Na próxima sexta feira, 2 de Julho, a Assembleia da República debaterá a Apreciação Parlamentar, apresentada pelo Bloco de Esquerda, do diploma do Governo que diminui o subsídio de desemprego (ver aqui), por considerar que não é com o ataque aos desempregados que se melhora a economia e se cria emprego.

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