Internacional

Mesmo que o plano de Trump ponha fim à guerra em Gaza, os palestinianos enfrentarão um vazio profundo e duradouro: de linguagem, esperança e política que se revelaram fúteis diante do genocídio.

Muhammad Shehada

Mariana Mortágua participou na festa de encerramento da campanha na Amadora, onde Anabela Rodrigues prometeu resistência a quem quer erradicar o bairro da Cova da Moura.

Em entrevista ao Democracy Now!, o historiador e vencedor do Prémio Pulitzer Greg Grandin defende que a atribuição deste ano do Nobel da Paz abre terreno à escalada militar e vem fortalecer Nicolás Maduro, ao confirmar “a sua narrativa de que a oposição está aliada ao governo Trump”.

Após a rejeição da sua moção de censura à presidente da Comissão Europeia, o grupo A Esquerda diz que a mensagem ficou dada: “não permitiremos que a democracia seja espezinhada, que a nossa soberania seja cedida ou que o direito internacional seja violado”.

Anúncio de Trump foi celebrado nas ruas de Israel e Gaza, mas subsistem dúvidas sobre o que acontecerá após a troca de reféns e prisioneiros.

O objetivo da intervenção do governo Trump é que Milei ganhe as eleições intercalares para o Congresso e depois desvalorize a moeda para impulsionar as exportações e trazer dólares. Mas isso também significará o regresso da inflação elevada. Lá se vai a economia da motosserra.

Michael Roberts

O prazo dado por Macron ao primeiro-ministro demissionário acabou sem nenhuma saída para a crise. Enquanto o presidente não clarifica o que pretende fazer, traçamos o retrato do que está a dividir a esquerda francesa que ainda há pouco tinha saído das legislativas como o campo com mais deputados eleitos.

Numa carta também subscrita por Catarina Martins, apela-se a Roberta Metsola que impeça a Comissão Europeia de aplicar o acordo comercial com Marrocos antes de o Parlamento Europeu se pronunciar.
 

Nove barcos foram intercetados em águas internacionais e cerca de 145 ativistas sequestrados em condições desconhecidas, denunciam os movimentos que organizaram a missão humanitária. O governo turco diz que é um “ato de pirataria”.

A nova flotilha zarpou um dia depois de as forças navais israelitas terem atacado e apreendido os mais de 40 barcos da Global Sumud Flotilla, Entre os onze navios está o Conscience, que transporta 90 participantes, incluindo pessoal médico e jornalistas de 26 países.

Passaram dois anos desde que o governo de Benjamin Netanyahu lançou a sua campanha genocida em Gaza. Os dados oficiais indicam cerca de 67 mil mortes, mas este número pode estar subestimado, segundo os especialistas.

Queralt Castillo Cerezuela e Pablo Elorduy

À medida que os integrantes da flotilha humanitária regressam aos seus países, são relatados mais episódios de abusos dos militares israelitas na prisão. ONU quer investigação.

Terá pela frente o desafio de convencer a apoiá-lo dois partidos políticos ainda mais extremistas do que ele. Este é um retrato do admirador de Trump que foi colaborador da polícia política do anterior regime, comprou a empresa que geriu com dinheiro de origem desconhecida e construiu um império mediático que o ajudou a alcançar o poder.

As obrigações emitidas por Israel têm “um papel crucial no financiamento do ataque em curso a Gaza”, tinha já concluído a Relatora Especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinianos. A Allianz e sete grandes bancos europeus e dos EUA estão a comprar ou a garantir milhares de milhões de dólares destes títulos.

O primeiro-ministro anunciou a formação do governo mas rapidamente a direita gaulista lhe tirou o tapete, insatisfeita com a relação de forças no novo executivo. A França Insubmissa quer a demissão do Presidente, a extrema-direita prefere a dissolução do Parlamento e manter Macron no cargo.

Ativistas já libertados contam histórias de abusos. Ben-Gvir, ministro israelita, tinha prometido tratá-los como terroristas. Os muitos relatos aqui reunidos confirmam que a violência não era só da boca para fora e os detalhes são chocantes. Greta Thunberg está a ser o principal alvo da ira das forças sionistas.

Fontes dos serviços de informações dos EUA confirmaram à CBS que foi o primeiro-ministro israelita a dar a ordem para atacar com drones os barcos Família e Alma quando estavam ancorados ao largo da Tunísia. Sem acesso a água, Mariana Mortágua e Sofia Aparício mandaram mensagens da prisão.

Mesmo que o Hamas aceite o plano de Trump sob pressão dos governos árabes e muçulmanos que o apoiaram e o "Acordo do Milénio" comece a ser implementado, o caminho a seguir continua a ser íngreme e perigoso.

Gilbert Achcar

Salvini tinha ameaçado os grevistas mas ainda assim não conseguiu travar um movimento de solidariedade inédito.

O ataque à flotilha que levava ajuda humanitária para Gaza e o sequestro dos seus participantes é ilegal à luz do direito internacional. Vê aqui porquê.