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Estudantes mobilizam-se contra o PEC
Num comunicado enviado à imprensa, a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (AEFCL) manifesta a sua solidariedade para com a Greve Geral de 24 de Novembro, convocada pela CGTP e a UGT, anunciando que participará activamente através da denúncia da precariedade laboral e desemprego que afectam recém-licenciados e bolseiros de investigação científica.
Além disto, os estudantes somam forças na reivindicação de que as bolsas de investigação científica sejam equiparadas a contratos de trabalho, uma exigência destes trabalhadores já tornada pública em vários protestos promovidos pela ABIC – Associação de Bolseiros de Investigação Científica.
Os estudantes também aprovaram, na sua Reunião Geral de Alunos, um pelo dirigido a todos os estudantes do Ensino Superior e respectivas estruturas representativas para “que se juntem na participação e mobilização para estes dois importantes momentos da democracia nacional”.
Contra a austeridade anunciada, contra a austeridade que já se sente
A Greve Geral será o segundo momento, pois o primeiro acontecerá já esta quarta-feira e será uma manifestação nacional, a realizar-se em Lisboa, com o ponto de encontro marcado para a praça do Marquês de Pombal, às 15h.
No comunicado, a AEFCL anuncia que os alunos se vão juntar à manifestação para reivindicar igualdade de acesso à Acção Social Escolar, e por isso pedem a revogação do Decreto-Lei 70/2010, a redução imediata das propinas, mais financiamento para o Ensino Superior e também a possibilidade de efectuar matrícula na Instituição de Ensino Superior independentemente de dívidas decorrentes de atrasos no pagamento de propinas.
A não devolução das bolsas de 98 euros já atribuídas a todos os ex-bolseiros que venham a ser excluídos com a aplicação das novas regras técnicas, é outro dos pedidos dos estudantes.
“A diminuição do investimento público no Ensino Superior nos últimos anos tem conduzido por um lado à degradação da qualidade do ensino e, por outro, a um acesso cada vez mais restrito à formação superior”, diz a AEFCUL, lembrando que “nos últimos 10 anos um terço dos alunos mais carenciados abandonaram o Ensino Superior e as propinas, que aumentaram consecutivamente desde a sua introdução, são hoje as terceiras mais altas da Europa”. Por causa desta situação, esta Associação de Estudantes irá promover um abaixo-assinado a entregar ao Governo e à Assembleia da República.
De acordo sobre estas críticas ao acesso e funcionamento do Ensino Superior estão várias federações e associações de estudantes, espalhadas pelo país. Espera-se, portanto, uma boa mobilização para uma manifestação convocada inicialmente pela Associação Académica de Coimbra.
Comentários
só um comentário, é AEFCL, e
só um comentário, é AEFCL, e não AEFCUL.
de resto, óptimo artigo :)
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