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Bloco questiona permanência de tropas no Afeganistão
Para o líder do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, a divulgação milhares de documentos militares secretos sobre a guerra no Afeganistão torna claro "que esta guerra é cada vez mais injustificável do ponto de vista político" e que os documentos provam que "as forças taliban estão hoje mais fortes, mais organizadas e melhor armadas". Em uma pergunta dirigida ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, o deputado José Manuel Pureza afirma ainda que "a actuação das tropas, à revelia das normas do direito internacional e violando os direitos humanos, tem posto em causa a natureza humanitária das missões", dando como o exemplo o assassinato de líderes taliban em vez de os julgar.
Na pergunta, Pureza questiona qual a posição do governo Português face às informações que foram divulgadas no wikileaks, que segundo o deputado “contrariam as informações oficiais acerca do conflito no Afeganistão”, e se tinha conhecimento da equipa especial (Task Force 373) que realiza operações secretas com o objectivo de assassinar “líderes talibã”, bem como qual a posição do governo face às actividades desta unidade operacional. O deputado do Bloco de Esquerda, pergunta ainda, se o governo tinha conhecimento dos 144 incidentes envolvendo civis que não haviam sido oficialmente reportados e que terão resultado em pelo menos mais 195 vítimas civis deste conflito.
Como respostas às perguntas anteriores redigidas pelo deputado sobre as missões no Afeganistão, o governo tem sempre justificado com os compromissos do Estado português no âmbito da NATO e das Nações Unidas, mas para Pureza "para além dos compromissos internacionais há outros critérios que devem ser tidos em conta, como o comportamento das forças no terreno e o cumprimento de regras básicas em qualquer conflito armado”.
Anexo | Tamanho |
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pergunta_retirada_afeganistao.pdf | 56.56 KB |
Comentários
Boa. Os compromissos no
Boa.
Os compromissos no âmbito da NATO que obrigam o Estado português, portanto Portugal, portanto formalmante os portugueses a participar numa guerra cada vez mais claramente ilegítima e em crimes de guerra gritantes - não venham com a conversa que as nossas tropas são boas e as outras más; trata-se da mesma força, a NATO, até o capelão é responsável à sua medida, como o padre Mário Oliveira deixou claro na sua obra sobre a comissão na Guiné colonial - são ilegítimos à luz da Constituição e do respeito pelos direitos humanos.
Se Portugal é «obrigado» a eparticipar em crimes e crimes de guerra mais ou menos encobertos, mais ou menos baseados em mentiras, é necessário questionar fortemente a nossa presença na NATO.
Acho que estou a ficar envergonhado!
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