O Ministério Público tinha cinco ex-administradores sob suspeita, mas António Castro Henriques não será levado a julgamento, tendo sido ilibado de todos os crimes de que era acusado, por “ter sido induzido” a perpetuá-los, segundo a decisão comunicada, esta terça-feira, pela juíza do processo, Claúdia de Neves Cunha.
A juíza do Tribunal de Instrução Criminal decidiu também não pronunciar os crimes de burla qualificada de que eram acusados os arguidos por achar que os prémios de 24 milhões de euros que estes receberam não passaram de uma estratégia para ocultar o esquema e não para proveito próprio dos administradores.
Os cinco administradores foram acusados pelo Ministério Público de crimes que terão causado prejuízos de 600 milhões de euros ao BCP.
Alguns destes arguidos, num total de nove ex-administradores do BCP, entre os quais Jardim Gonçalves e Paulo Teixeira Pinto foram, entretanto, multados pela Comissão de Mercados Valores Mobiliários (CMVM) por terem prestado falsas declarações à própria CMVM, com multas que ultrapassam os 4 milhões de euros. Neste processo, foram ilibados Filipe Abecassis e Rui Lopes.
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