Educação sexual para toda a vida

17 de março 2007 - 0:00
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Em Fevereiro deste ano, especialistas em educação sexual dirigiram-se a um grupo de moradores idosos de Nova yorque para discutir preservativos, preliminares e doenças sexualmente transmissíveis. Segundo o artigo retirado do New York Times, os cursos de educação sexual começaram em Janeiro. Os organizadores sublinham a existência de uma alta actividade sexual entre os idosos do condomínio, tendência que atribuem à popularidade do Viagra e dos suplementos de testosterona, bem como ao facto de as mulheres abandonarem cada vez mais a ideia de que sexo é vergonhoso. Os espectadores da palestra em Queens receberam informações sobre as formas pelas quais a incontinência, doença cardíaca, diabetes e medicamentos podem contribuir para disfunções erécteis; ou como um útero atrofiado pode complicar a penetração, e a falta de humidade vaginal pode causar maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis.



Os instrutores tinham muito de novo a dizer para o grupo de 40 pessoas na faixa dos 70 e 80 anos, poucos dias antes do dia dos namorados. As pessoas mais velhas estão cada vez mais dispostas a fazer sexo, e nunca é tarde demais para aprender sobre como fazê-lo de maneira segura. "Em termos sexuais", disse Norm Sherman, organizador da palestra, "a vida só acaba quando termina".



A palestra dirigida aos moradores de um conjunto habitacional descrito como "comunidade de aposentados formada naturalmente", em Long Island City, foi executada pela Selfhelp Community Services, uma organização sem fins lucrativos que presta serviços para idosos na região de Nova York.



Nenhum dos presentes levantou a mão quando questionados se já haviam tido uma palestra que incluísse demonstração sobre como colocar um preservativo. Os organizadores frisaram que muitas pessoas mais velhas experimentam problemas quando retomam a actividade sexual depois de uma longa pausa.



Fonte de problemas são também as doenças sexuais transmitidas por homens, as quais muitas vezes passam despercebidas porque os médicos presumem que seus pacientes mais velhos já não sejam activos sexualmente. "Sentimos que essa será uma área que não se pode mais ignorar", disse um dos organizadores.



Constatado foi também o facto de terem aumentado as relações homossexuais entre os mais velhos, muitas vezes desprotegidas. Os espectadores da palestra em Queens receberam informações sobre as formas pelas quais a incontinência, doença cardíaca, diabetes e medicamentos podem contribuir para disfunções erécteis; ou como um útero atrofiado pode complicar a penetração, e a falta de humidade vaginal pode causar maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis.



Os organizadores retiraram vários preservativos e lubrificantes de uma sacola cor de rosa, alertando: "podem comprar estas coisas em qualquer drogaria. Não precisam de ir a uma sex shop ou algo parecido". Além disso, explicaram onde fica o clítoris e como obter um orgasmo por meio de masturbação.



Alertando para o risco de uso do Viagra em simultâneo com certos medicamentos cardíacos, recomendaram o "Viagra do pobre" - um anel metálico colocado na base do pénis para ajudar a manter a erecção.



Os promotores da formação exortaram as mulheres a desenvolverem mais confiança sexual e auto-estima, despindo-se diante do espelho. "Vocês precisam amar-se a vocês mesmas", afirmaram. No final da palestra, a maior parte dos espectadores não deixou de levar alguns preservativos



 in New York Times

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