João Mineiro

João Mineiro

Sociólogo e investigador

A historiadora Maria de Fátima Bonifácio decidiu dedicar uma prosa a Manuel Carvalho da Silva, que ilustra bem a forma como a irritação política facilmente se transforma em cegueira e irracionalidade.

A AAUBI lançou um vídeo promocional da sua Semana Académica, onde usa 42 segundos para mostrar uma cabra junto ao pavilhão dos concertos, à qual se juntam 5 mulheres, de calções curtos e sem camisola, com garrafas de bebidas alcoólicas na mão e com o deprimente slogan: “Apanha a tua”. Acreditem que o vídeo consegue ser pior que a descrição.

A elite de radicais que dirige Portugal só nos pode fazer sentir vergonha alheia. Portaram-se estes dias como autênticos cães de fila bem treinados.

A proibição do consumo de bebidas no espaço público apenas reflete a cedência mais básica e irresponsável à mercantilização do espaço público e apenas alimenta uma visão absolutamente retrógrada, provinciana e ultrapassada do direito a uma cidade moderna e democrática.

Para Villaverde Cabral, ou aceitamos morrer da austeridade ou aceitamos a morte da Europa. Felizmente, há mais vida além do simplismo.

A tese de Maria João Avillez assenta bem na velha tese do “quanto pior, melhor”: quanto mais for martirizado o povo grego por um governo do Syriza, melhor para a direita, que voltará para impor a ordem e o progresso.

No jornal Público assistimos a um debate bem interessante entre Francisco Assis e o jovem dirigente socialista do Porto, Tiago Barbosa Ribeiro. Quando hoje vemos o Congresso do PS somos levados a uma pergunta diferente da de Assis e de Barbosa Ribeiro.

A relação entre os constrangimentos ao profissionalismo e a vivência da responsabilidade social dos jornalistas foi o tema da tese de doutoramento de Diana Andringa, agora publicada pela editora Tinta da China num livro a não perder.

O recente episódio de censura na revista cinquentenária Análise Social do Instituto de Ciências Sociais (ICS) mostra-nos como a liberdade académica consegue ser, ainda hoje, absolutamente permeável ao exercício do poder político, ideológico e conservador.

O Livre terá hoje no seu Congresso a participação de António Costa que irá convocar o partido para a aventura de fingir que é possível um governo de esquerda que defenda o Estado Social e simultaneamente cumpra o Tratado Orçamental.