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Wikileaks publica novo documento da CIA
A organização Wikileaks publicou nesta quarta-feira (25) no seu site um novo documento da CIA, no dia em que o ministério público sueco atenuou a situação judicial do fundador da organização, Julian Assange, das denúncias de violação e assédio feitas por duas mulheres.
O documento publicado é uma análise secreta de três páginas, no qual se investiga possíveis consequências na luta internacional contra o terrorismo, no caso de cidadãos norte-americanos serem recrutados por organizações terroristas e cometerem ataques no exterior.
A peça foi elaborada por uma divisão especial da CIA, chamada Red Cell, criada depois dos ataques de 11 de Setembro. De acordo com os média norte-americanos, trata-se de um relatório pouco relevante e não muito concreto. A Wikileaks já difundiu com frequência documentos desta divisão.
O documento investiga o que aconteceria se cidadãos norte-americanos fossem recrutados, por exemplo, pela Al Qaeda, para cometerem atentados no exterior. O foco está na pergunta sobre como mudaria a imagem dos Estados Unidos caso isso ocorresse e se os governos de outros países continuariam a apoiar o país em guerra contra o terrorismo.
A Wikileaks, que se tornou conhecida depois da publicação em Julho passado de mais de 76 mil páginas de documentos secretos sobre a guerra no Afeganistão, anunciou através da rede social Twitter a difusão destes novos papéis.
Os militares norte-americanos investigam a conexão entre a Wikileaks e o cabo Bradley Manning, suspeito de ter transmitido a informação. Manning foi denunciado por ter supostamente entregue, em Fevereiro, à Wikileaks um vídeo feito a partir de um helicóptero de combate no Iraque. Os meios de comunicação norte-americanos informaram que os dados encontrados no seu computador portátil também o envolveriam na entrega de documentos sobre a guerra no Afeganistão.
Por outro lado, nas denúncias por assédio sexual na Suécia contra Assange, o fundador da Wikileaks, a procuradora geral de Estocolmo Eva Finné anunciou a suspensão total de todas as investigações numa das acusações de violação. E, quanto ao segundo caso, a denúncia de “assédio sexual” foi rebaixada para a de “assédio”.
A promotora sueca disse ainda que, no marco da investigação queria escutar pessoalmente o testemunho de Assange. Em declarações à emissora local SR, Finné não quis explicar por que agora se fala em “assédio” e não de “assédio sexual”.
Duas mulheres suecas acusaram Assange de violação e assédio, num caso em que o australiano de 39 anos de idade considerou uma montagem em represália à difusão das actas secretas. No fim de semana Finné suspendeu a ordem de prisão contra Assange por violação, apenas 24 horas depois de o pedido de prisão ter sido emitido.
Tradução de Katarina Peixoto, da Carta Maior
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