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Ulrich quer que desempregados trabalhem à borla para o BPI

O presidente do BPI quer que desempregados, que recebem subsídio de desemprego, trabalhem à borla no BPI ou em grandes empresas, como EDP, PT, Jerónimo Martins ou Sonae, mas não em pequenas ou médias empresas. O banqueiro defende ainda acerrimamente a quebra do consumo, os cortes e o Orçamento de Estado proposto pelo governo de Passos Coelho, mas propõe eleições antecipadas em maio de 2013.
O presidente do BPI quer que desempregados, que recebem subsídio de desemprego, trabalhem à borla no BPI ou em grandes empresas, como EDP, PT, Jerónimo Martins ou Sonae, mas não em pequenas ou médias empresas.

O banqueiro disse, em entrevista à RTP1, que em vez de pagar subsídios de desemprego, o Estado poderia pagar aos desempregados para trabalharem em grandes empresas à borla.

“Das pessoas que estão em casa, se pudesse haver 300 ou 500 que estivessem no BPI - nem que fosse por um ano ou dois – aí garanto que era bom para elas, que aprendiam, que se valorizavam, que era bom para a carreira”, propôs Fernando Ulrich, acrescentando que o apoio poderia passar pelo pagamento integral do salário.

Ulrich diz que se não tiver esse apoio, de ter desempregados a trabalhar à borla para o banco, então: “Se ninguém negociar comigo nada, se ninguém me propuser nada, o caminho em que nós vamos é o de reduzir pessoas. E é isso que vamos continuar a fazer porque é isso que aumenta a rentabilidade do banco”, frisou.

O banqueiro disse ainda que a receita de empregar desempregados, pagos pelo Estado e a trabalhar à borla, podia ser aplicado em grandes empresas, “o BPI pode fazer, a EDP pode fazer, a Portugal Telecom, a Jerónimo Martins, a Sonae, muitas grandes empresas podem fazer isto”, disse Fernando Ulrich, que significativamente acha que isso não se poderia aplicar às pequenas e médias empresas porque, segundo ele, a entrada de novos funcionários iria "perturbar" essas empresas.

Ulrich é um defensor acérrimo da redução do consumo, dos cortes em geral e do Orçamento de Estado proposto pelo Governo PSD/PP. Sobre a crise política, considerou que era importante que fossem realizadas eleições antecipadas em maio de 2013, para sacudir o clima de crise política. “Uma crise, não entendo. O melhor é entenderem-se agora e depois ir a eleições", defende o presidente do BPI.

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