Técnicos de diagnóstico manifestam-se e prosseguem greve

09 de novembro 2017 - 15:58

Em greve desde dia 2 de novembro, os técnicos de diagnóstico e terapêutica manifestaram-se nesta quinta-feira em Lisboa, Porto e Coimbra e vão continuar a paralisação por tempo indeterminado. Estes técnicos acusam o governo de ter violado o acordo que estabeleceu com eles.

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Técnicos de diagnóstico e terapêutica manifestaram-se no oitavo dia de greve - Foto Rodrigo Antunes/Lusa (arquivo)
Técnicos de diagnóstico e terapêutica manifestaram-se no oitavo dia de greve - Foto Rodrigo Antunes/Lusa (arquivo)

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica completaram, nesta quinta-feira, o 8º dia de greve e realizaram concentrações nos hospitais de Santa Maria, em Lisboa, São João, no Porto e Universitário de Coimbra, com a participação de centenas de técnicos.

Segundo Luís Dupont, vice-presidente do STSS, os oito dias de greve já terão afetado cem mil utentes.

Dina Carvalho, secretária-geral do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDIT), afirmou que os sindicatos se disponibilizaram para começar a discutir questões que não têm impacto orçamental. “Conhecemos a situação do país e por isso mesmo mostrámo-nos disponíveis para avançar com estas questões”, disse a dirigente sindical, segundo a Lusa.

O STSS diz em comunicado que “o Ministério da Saúde, ao não cumprir os acordos de novembro de 2016 e junho de 2017, nomeadamente em matérias que não têm incidência financeira no Orçamento de Estado, está a desrespeitar-nos enquanto profissionais de saúde altamente qualificados”.

A greve é convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), reivindicam a progressão das carreiras congeladas há 18 anos e acusam o governo de ter violado o acordo que estabelecera, ao reduzir as quotas destes técnicos no topo da carreira em 50%, impedindo a progressão normal dos profissionais das categorias inferiores. Protestam também contra o bloqueio das negociações, violando os acordos de novembro de 2016 e junho de 2017 e exigem também horários de trabalho de 35 horas para todos.