Taxa de desemprego atinge novo recorde de 12,4%

18 de maio 2011 - 15:01

INE revela uma taxa de desemprego de 12,4% no 1º trimestre de 2011. Jovens são os mais penalizados e desemprego de longa duração já representa 53%. Bloco considera que este é o resultado de uma "economia falhada" e que Portugal enfrenta uma “bancarrota social”.

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O desemprego subiu em todas as regiões do país, sobretudo no Algarve, onde atingiu 17%, e em Lisboa, onde se registou uma taxa de 13,6%. Foto de Paulete Matos.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta quarta-feira as Estatísticas do Emprego referentes ao 1º trimestre de 2011 que revelam que a taxa de desemprego atingiu os 12,4%, contra os 11,1% registados no último trimestre de 2010. Os jovens até aos 25 anos são os mais penalizados por este flagelo, sendo que a taxa registada nesta faixa etária subiu para 27,8%.

 Entre a população desempregada, 12,3% são licenciados 53% procuram emprego há mais de uma ano.

 As mulheres continuam a apresentar uma taxa de desemprego superior, 12,8%, contra os 12% registados entre os homens.

 O desemprego subiu em todas as regiões do país, sobretudo no Algarve, onde atingiu 17%, e em Lisboa, onde se registou uma taxa de 13,6%.

 Segundo o INE, o aumento da taxa de desemprego reflecte, em parte, "o efeito de alterações introduzidas no modo de recolha e modificações no questionário do inquérito ao emprego", no entanto, certo é que a tendência de crescimento desta taxa se confirma e tenderá a agravar-se exponencialmente perante a actual crise económica e social e as novas medidas de austeridade impostas pela troika e pelo governo central do PS e PSD.

 “Portugal enfrenta uma bancarrota social”

 O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda afirmou esta quarta-feira, após um encontro com dirigentes da CGTP, que o crescimento da taxa de desemprego é resultado de uma "economia falhada".

 Francisco Louçã lembrou que, se tivermos em conta o desemprego real, “estaremos próximo de um milhão” de desempregados e que o memorando do resgate externo a Portugal aponta para um aumento de 150 mil novos desempregados e para a redução do número de beneficiários do subsídio de desemprego

 Perante este panorama, Portugal enfrenta, segundo Louçã, uma verdadeira “bancarrota social”.

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