O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou esta quarta-feira as Estatísticas do Emprego referentes ao 1º trimestre de 2011 que revelam que a taxa de desemprego atingiu os 12,4%, contra os 11,1% registados no último trimestre de 2010. Os jovens até aos 25 anos são os mais penalizados por este flagelo, sendo que a taxa registada nesta faixa etária subiu para 27,8%.
Entre a população desempregada, 12,3% são licenciados 53% procuram emprego há mais de uma ano.
As mulheres continuam a apresentar uma taxa de desemprego superior, 12,8%, contra os 12% registados entre os homens.
O desemprego subiu em todas as regiões do país, sobretudo no Algarve, onde atingiu 17%, e em Lisboa, onde se registou uma taxa de 13,6%.
Segundo o INE, o aumento da taxa de desemprego reflecte, em parte, "o efeito de alterações introduzidas no modo de recolha e modificações no questionário do inquérito ao emprego", no entanto, certo é que a tendência de crescimento desta taxa se confirma e tenderá a agravar-se exponencialmente perante a actual crise económica e social e as novas medidas de austeridade impostas pela troika e pelo governo central do PS e PSD.
“Portugal enfrenta uma bancarrota social”
O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda afirmou esta quarta-feira, após um encontro com dirigentes da CGTP, que o crescimento da taxa de desemprego é resultado de uma "economia falhada".
Francisco Louçã lembrou que, se tivermos em conta o desemprego real, “estaremos próximo de um milhão” de desempregados e que o memorando do resgate externo a Portugal aponta para um aumento de 150 mil novos desempregados e para a redução do número de beneficiários do subsídio de desemprego
Perante este panorama, Portugal enfrenta, segundo Louçã, uma verdadeira “bancarrota social”.