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Senado italiano aprova plano de austeridade

Por 165 votos contra 131, o governo Berlusconi viu aprovado no Senado um plano de cortes avaliado em 70 mil milhões até 2014. Os impostos vão subir e sacrificam-se os apoios sociais.
Senado italiano reuniu de urgência para aprovar o plano de austeridade prometido por Berlusconi a Bruxelas. Foto forevernever07/Flickr

Os mais afectados serão as famílias com filhos dependentes, que vêem cortadas as deduções existentes para a educação, as despesas médicas. Segundo o diário La Repubblica, os rendimentos do trabalho assalariado e os apoios aos estudantes universitários serão especialmente visados com estes medidas. Outras deduções e benefícios fiscais afectadas serão por exemplo a das obras em casa para melhorar a eficiência energética, doações para ONG's e instituições sociais, para além de mexidas na taxa do IVA e dos impostos especiais sobre o consumo.

Outra das medidas é o "bilhete-saúde" que entra já em vigor na segunda-feira e com o qual os italianos passam a pagar 10 euros por receita e 25 euros por urgência. O imposto sobre valores mobiliários custará 34,20 euros a quem tenha uma carteira de acções até 50 mil euros e vai até aos 1100 euros para carteiras acima do meio milhão de euros.

O plano de Berlusconi pretende responder à pressão que tem feito subir os juros da dívida. Mas esta quinta-feira os juros atingiram um novo recorde de 5,90% nas obrigações a 15 anos, ou seja, mais 0,55% que na emissão anterior. Com a luz verde dada pelos senadores italianos, o plano será discutido e votado novamente esta sexta-feira, desta vez na Câmara dos Deputados.

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