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Professores manifestam-se hoje e fazem greve segunda-feira
O ministro da Educação, Nuno Crato, veio declarar em conferência de imprensa que mantém os exames marcados para segunda-feira. Crato diz “que é uma greve prejudicial aos alunos” e afirma: “Todos perdemos com esta greve: alunos, pais e país”. No entanto, o ministério não apresentou propostas novas aos sindicatos, que permitissem o diálogo, e mantém teimosamente os exames marcados para segunda-feira, sabendo que muitos alunos não poderão fazer os exames.
Nesta sexta-feira, as federações sindicais reuniram no ministério com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, Casanova de Almeida. À saída da reunião, o secretário-geral da Fenprof afirmou: “O Ministério da Educação e Ciência (MEC) não fez um único esforço para apresentar propostas diferentes das que apresentou no dia 6. Sobre as datas dos exames nem sequer disse nada”.
Segundo a agência Lusa, Mário Nogueira nas declarações à comunicação social saudou o facto de o Tribunal Administrativo Central do Sul ter adiado, para uma data que posterior à da greve de dia 17, a apreciação do recurso interposto pelo MEC quanto à decisão do colégio arbitral sobre os serviços mínimos.
“É claro que o MEC leva uma derrota tremenda a esse nível, e não é aceitável que depois disso esteja a tomar medidas que põe em causa o direito à greve. Dissemos ali que a convocação de todos os professores põe em causa o direito à greve. Está a chegar aos diretores uma informação que está a por em causa o seu direito a fazer greve”, criticou Mário Nogueira.
O secretário-geral da Fenprof salientou que não é legítimo que o ministério esteja a querer que os diretores das escolas assegurem o secretariado de exames, uma vez que isso põe em causa o direito à greve dos diretores.
“Em caso do secretariado de exames não estar, compete aos diretores substitui-los? Isso não pode ser. Os diretores são professores que têm direito a fazer greve. Este ministério nunca mereceu como está a merecer neste momento que todos os professores façam greve e que estejam todos amanhã na manifestação. Isto não é maneira de negociar. Isto é brincar com as escolas”, frisou o dirigente sindical.
Mário Nogueira disse também que a Fenprof não aceitará a aplicação da mobilidade especial aos professores, assim como defende a manutenção do horário de trabalho nas 35 horas semanais e lembrou: “Não estamos disponíveis para aplicar a mobilidade especial, quando no país há partes onde não se irá realizar”, numa alusão à Região Autónoma dos Açores, onde a mobilidade especial não vai ser aplicada aos professores. Mário Nogueira disse ainda que, por essa razão, a Fenprof vai dar indicações ao seu sindicato nos Açores para que seja desconvocada a greve na região.
Comentários
Estamos a atingir 40 anos de
Estamos a atingir 40 anos de liberdade,após 40 anos de ditadura,será que esta vai voltar?
Anda por aqui muita gente,que já se esqueceu desse tempo.
Determinadas afirmações,só as aceito de miúdos que não conheceram na pele os efeito desse tórrido regime.O DIREITO À GREVE É SAGRADO.(gostaria que que todas as profissões lutassem por manter este bem,como os professores o estão a fazer.
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