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Professores manifestam-se hoje e fazem greve segunda-feira

Os professores manifestam-se neste sábado, em Lisboa, concentrando-se a partir da 15 horas no Marquês de Pombal. Na segunda-feira, farão greve. Nuno Crato não apresentou propostas diferentes aos sindicatos e mantém teimosamente os exames marcados para segunda-feira. A Fenprof saúda o facto de o Tribunal Administrativo ter adiado, para uma data que posterior à da greve, a apreciação do recurso do MEC e releva que se trata de uma “tremenda derrota” para o ministério.
Manifestação de professores em 26 de janeiro de 2013 - Foto de Paulete Matos

O ministro da Educação, Nuno Crato, veio declarar em conferência de imprensa que mantém os exames marcados para segunda-feira. Crato diz “que é uma greve prejudicial aos alunos” e afirma: “Todos perdemos com esta greve: alunos, pais e país”. No entanto, o ministério não apresentou propostas novas aos sindicatos, que permitissem o diálogo, e mantém teimosamente os exames marcados para segunda-feira, sabendo que muitos alunos não poderão fazer os exames.

Nesta sexta-feira, as federações sindicais reuniram no ministério com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, Casanova de Almeida. À saída da reunião, o secretário-geral da Fenprof afirmou: “O Ministério da Educação e Ciência (MEC) não fez um único esforço para apresentar propostas diferentes das que apresentou no dia 6. Sobre as datas dos exames nem sequer disse nada”.

Segundo a agência Lusa, Mário Nogueira nas declarações à comunicação social saudou o facto de o Tribunal Administrativo Central do Sul ter adiado, para uma data que posterior à da greve de dia 17, a apreciação do recurso interposto pelo MEC quanto à decisão do colégio arbitral sobre os serviços mínimos.

“É claro que o MEC leva uma derrota tremenda a esse nível, e não é aceitável que depois disso esteja a tomar medidas que põe em causa o direito à greve. Dissemos ali que a convocação de todos os professores põe em causa o direito à greve. Está a chegar aos diretores uma informação que está a por em causa o seu direito a fazer greve”, criticou Mário Nogueira.

O secretário-geral da Fenprof salientou que não é legítimo que o ministério esteja a querer que os diretores das escolas assegurem o secretariado de exames, uma vez que isso põe em causa o direito à greve dos diretores.

“Em caso do secretariado de exames não estar, compete aos diretores substitui-los? Isso não pode ser. Os diretores são professores que têm direito a fazer greve. Este ministério nunca mereceu como está a merecer neste momento que todos os professores façam greve e que estejam todos amanhã na manifestação. Isto não é maneira de negociar. Isto é brincar com as escolas”, frisou o dirigente sindical.

Mário Nogueira disse também que a Fenprof não aceitará a aplicação da mobilidade especial aos professores, assim como defende a manutenção do horário de trabalho nas 35 horas semanais e lembrou: “Não estamos disponíveis para aplicar a mobilidade especial, quando no país há partes onde não se irá realizar”, numa alusão à Região Autónoma dos Açores, onde a mobilidade especial não vai ser aplicada aos professores. Mário Nogueira disse ainda que, por essa razão, a Fenprof vai dar indicações ao seu sindicato nos Açores para que seja desconvocada a greve na região.

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