Está aqui
Passos agradece à troika por ter reduzido nível de vida dos portugueses
A cerimónia dos 50 anos da fábrica Mitsubishi foi o palco para Passos Coelho fazer mais um balanço positivo da ação do Governo e do memorando da troika. Citado pela agência Lusa, o primeiro ministro agradeceu “o apoio da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional” e acrescentou que «ao contrário do que acontecia no passado, estamos hoje a viver mais de acordo com as possibilidades da nossa economia".
"Queremos, naturalmente, alargar a base da nossa economia e obter dentro de pouco tempo uma possibilidade de crescimento ainda mais intensa para que a economia remunere melhor os seus factores e a sociedade", acrescentou o primeiro-ministro que conseguiu o maior aumento do desemprego e da emigração em Portugal, tirando ao mesmo tempo uma fatia substancial do rendimento aos funcionários públicos, reformados e ao resto da sociedade que recorre a serviços públicos mais caros nos transportes, educação e saúde.
No seu elogio da austeridade para quem trabalha, Passos diz que as medidas da troika foram "indispensáveis para podermos dizer agora que estamos a desalavancar a economia" e que "o problema de endividamento múltiplo das famílias, empresas, e Estado, não teria sido possível sem a solidariedade da União Europeia e FMI". O facto da dívida pública ter disparado nos últimos dois anos e de esta quarta-feira ter sido notícia que o Eurostat aponte para um aumento adicional de cerca de 10% em 2014 foi ignorado por Passos Coelho no seu discurso.
Passos: "Austeridade é para continuar"
O alívio do défice nos últimos anos também foi enaltecido no discurso do primeiro-ministro, não se referindo às privatizações, cortes de salários e pensões e outras medidas extraordinárias que contribuíram para essa redução. Mas Passos mostrou estar consciente da artificialidade dos números do défice e prometeu que "a persistência da disciplina orçamental terá de ser permanente".
"Temos de reduzir o stock de dívida, pagar menos juros e libertar a economia, famílias e empresas, para terem mais poupanças e investirem mais no futuro", declarou o primeiro-ministro, um dia depois de ter comprometido o país a pagar 5,12% de juros a dez anos numa emissão de dívida no valor de 3 mil milhões de euros. O juro pago por Portugal voltou a aproximar-se do da Grécia, avaliado em 7,2%, o valor mais baixo dos últimos três anos.
Comentários
Aí está, passos coelho
Aí está, passos coelho admitiu, ainda que não intencionalmente, ser ele o problema do país.
Sim senhor, pela fotografia
Sim senhor, pela fotografia vê-se que o nível de vida dele baixou muito! Coitado do mendigo.
Se como afirma,"o problema de
Se como afirma,"o problema de endividamento múltiplo das famílias, empresas, e Estado, não teria sido possível sem a solidariedade da União Europeia e FMI",que apresenta como o grande feito da sua governação,percebe-se o rasgado sorriso e o agradecimento.Os portugueses podem ter o luxo de viver pior ,pagando mais,para garantia de que o Estado,pagando menos,viva melhor.
Adicionar novo comentário