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Novos documentos secretos provam que Estados Unidos espiam as Nações Unidas

Documentos revelados pela revista alemã “Der Spiegel”, na edição desta semana, revelam que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA, interceptam as comunicações das Nações Unidas. Esta revelação coloca em cheque o acordo de não interdição, no qual os EUA se comprometem em não realizar operações secretas na sede da ONU em Nova Iorque.
Na foto: Sede das Nações Unidas em Nova Iorque

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a mal-afamada NSA, intercetou comunicações das Nações Unidas, da União Europeia e de mais de dezenas de países aliados, revela a “Der Spiegel”. A revista alemã teve acesso a novos documentos secretos e revelou-os na edição desta semana.

A agência tem vindo a ser acusada de ter um sofisticado programa de espionagem à escala mundial, segundo as denúncia do ex-especialista da CIA Edward Snowden.

Segundo informações fornecidas por Snowden, os espiões norte-americanos conseguiram entrar no programa de videoconferências da ONU e quebrar o seu sistema de criptografia. “Isto representou uma melhoria dramática da capacidade da NSA em obter dados das comunicações internas da ONU e da sua capacidade em decriptar o tráfego”, lê-se num documento classificado a que a revista teve acesso.

Nas três semanas imediatamente a seguir à entrada da NSA no programa de teleconferências, o número de comunicações interceptadas passou de 12 para 458, revela o documento. Numa das ocasiões, a NSA detetou um agente secreto chinês no sistema de comunicações da ONU.

As novas revelações colocam em cheque o acordo de não interdição, no qual os Estados Unidos se comprometeram em não espiar ou efetuar ações secretas na sede da ONU em Nova Iorque.

Outros relatório publicados pela “Der Spiegel” demonstravam que os EUA espiavam massivamente a União Europeia, tendo em sua posse as plantas da embaixadas da UE na 3th Avenue em Nova Iorque, onde estão detalhadas as redes de telecomunicações e os respetivos servidores.

É ainda revelado que estes “serviços especiais de recolha de informação”, que em grande parte dos casos operavam em total desconhecimento do país aliado, tinham sede em Viena e em Frankfurt, entre outras cidades.

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