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NewTime: Trabalhadores da ETT protestaram frente à sede da empresa

A NewTime, uma das 17 Empresas de Trabalho Temporário indiciadas de crime fiscal e que lesaram o Estado em 15 milhões de euros, fechou as portas, deixando os trabalhadores sem o salário deste mês e sem resposta sobre o seu futuro.
Esta terça-feira, dezenas de trabalhadores concentraram-se em frente à sede da NewTime, em Lisboa, junto ao Marquês Pombal.

Esta terça-feira, dezenas de trabalhadores concentraram-se em frente à sede da New Time, em Lisboa, junto ao Marquês Pombal. Os trabalhadores querem saber como ficarão as suas vidas depois da empresa ter fechado as portas (não havendo certezas sobre a abertura do processo de insolvência desta), uma vez que poderão ficar com créditos da empresa ainda que sem qualquer informação sobre quando poderão ser ressarcidos.

Os trabalhadores dizem que foram informados de que já não receberiam os seus salários deste mês nem os restantes subsídios a que teriam direito.

Cerca de 100 trabalhadores prestam serviços em callcenters da PT Comunicações, outros para a Valorsul, entre outras empresas, todos em regime de subcontratação através da Empresa de Trabalho Temporário (ETT) NewTime.

Os trabalhadores queixam-se de estarem a sofrer pressões constantes por parte das empresas nas quais prestam serviços. As direcções dizem-lhes que caso não tomem a “iniciativa de despedimento voluntário”, a empresa não poderá garantir a continuidade dos postos de trabalho. Além disto, os trabalhadores alegam que são obrigados a tomar a decisão sob pressão e sob ameaça de não contratação por nova ETT.

A NewTime é uma das 17 ETT's indiciadas na operação "ET- Evasão Temporária" que investiga a falsificação de declarações periódicas de IVA, que lesaram o Estado em cerca de 15 milhões de euros, tendo efectuado buscas no passado dia 24 de Maio em 8 domicílios e nas sedes das ETT's.

O edifício onde tem lugar a sede da NewTime, aloja outras empresas do mesmo grupo que alegadamente também fecharam as portas. 

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