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Mulheres passarão a poder ser bispas na Igreja Anglicana

A Igreja Anglicana aprovou esta segunda-feira a possibilidade de mulheres se tornarem bispas, rompendo com mais de 2 mil anos de tradição cristã e 20 anos de divergências internas sobre a possibilidade de as mulheres acederem ao episcopado.
À esquerda, Kay Goldsworthy, a primeira bispa da Austrália.

A decisão foi tomada num sínodo realizado na Universidade de York, no norte da Inglaterra, pelos membros das três câmaras que compõem o órgão executivo da Igreja Anglicana: laicos, clérigos e bispos.

Com o resultado, as primeiras nomeações de mulheres como bispas já poderão ser efetuadas em 2015. O primeiro trabalho diocesano previsto para ser aberto a mulheres será realizado na cidade de Gloucester, no início de janeiro.

Em seguida, as próximas bispas devem ser escolhidas em reuniões em Oxford e Newcastle. No entanto, nenhum grande trabalho irá estar vago num futuro imediato nessas igrejas, aponta o The Guardian.

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, foi um dos principais nomes a favor da aprovação da proposta. Welby afirmou que a medida vai mostrar ao mundo como cristãos poderiam praticar um "bom desacordo" e caracterizou a exclusão de mulheres do episcopado como "incompreensível", segundo a agência Efe. 

Em 2012, houve uma tentativa de aprovação de uma proposta semelhante, mas acabou fracassada, sobretudo por membros do bloco evangélico conservador do Estado. Este grupo específico, que defende que os homens nunca devem ser ensinados por mulheres, não ficou satisfeito com o resultado e compartilhou a sua visão de que a "liderança" da Igreja deve ser sempre conduzida pelo sexo masculino. 

A Comunhão Anglicana, uma fraternidade de 40 províncias autônomas e interdependentes, é uma das comunidades cristãs mais numerosas do mundo, com aproximadamente 77 milhões de membros, de acordo com a agência Ansa.

esquerda.net com Opera Mundi.

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