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Israel: cerca de 400 mil manifestantes exigem “justiça social”

Tel Aviv e outras 15 cidades israelitas foram palco de novos protestos contra a”injustiça social”, o aumento do custo da habitação, da alimentação, da educação e da saúde no país. A dimensão dos protestos, que reuniram cerca de 400 mil pessoas, surpreendeu o governo.
Cerca de 400 mil israelitas exigiram este sábado “justiça social”. Foto de Oliver Weiken, Epa/Lusa.

A manifestação de sábado à noite superou, inclusive, a iniciativa de 6 de Agosto passado, sendo considerada a maior demonstração desde o início dos protestos, a 14 de Julho.

O presidente do sindicato dos estudantes, Itzik Shmuli, falou à multidão."Eles disseram-nos que o movimento estava a parar. Hoje estamos a mostrar que é o oposto. Nós somos os novos israelitas, determinados a continuar a luta por uma sociedade melhor e mais justa", afirmou o dirigente sindical.

Um dos organizadores dos protestos prestou declarações à BBC, afirmando que "todas as pessoas que não são ricas em Israel, não importa se são secularistas ou religiosas, velhas ou jovens, sabem que nós abandonámos batalhas importantes neste país, como a economia, e que só estamos a lidar obsessivamente com problemas de segurança".

Como resposta aos sucessivos protestos, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu criou uma comissão para preparar uma série de reformas, tendo, no entanto, afirmado que não poderia responder a todas as reivindicações.

Os manifestantes temem que esta seja uma manobra para ganhar tempo, numa tentativa de retirar força ao movimento.

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