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Governo quer tornar os trabalhadores portugueses descartáveis

Coordenadora das CTs do Parque Industrial da Autoeuropa repudia proposta que visa facilitar os despedimentos e reafirma que aumento da competitividade só pode vir do investimento tecnológico e da formação profissional.
António Chora, coordenador da CT da Autoeuropa. Foto de Rui Minderico/Lusa

Em comunicado distribuído esta quinta-feira, a Coordenadora das Comissões de Trabalhadores do Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa toma posição sobre as propostas apresentadas pelo governo à concertação social, que visariam o aumento da competitividade.

A coordenadora considera que mais uma vez as propostas “vão no sentido contrário aos interesses nacionais”, já que “não há aumento da competitividade nacional com facilidade nos despedimentos e políticas de reduções salariais”.

Para as CTs da Autoeuropa, “o Governo e o patronato têm de entender que o aumento da competitividade só pode vir do investimento tecnológico, formação profissional, Acordos de Empresa e Contratação Colectiva que motivem os trabalhadores”. E observam: “Ninguém é competitivo com problemas financeiros resultantes de baixos salários, trabalho precário e ameaças constantes de desemprego.”

Governo da desresponsabilização Social

Para a coordenadora, o gabinete de José Sócrates “fica marcado também na história das relações laborais como o Governo da desresponsabilização Social.”

O comunicado repudia as propostas do governo, que permitem que o patronato “no futuro lançará no desemprego os agora jovens trabalhadores, de forma barata, ultrapassando assim o impedimento do despedimento individual consagrado na Constituição”. A coordenadora entende que “CGTP e UGT devem repudiar de forma veemente e definitiva, todas as medidas que visam tornar ainda mais descartáveis e precários os empregos actuais e principalmente os futuros”.

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