Muitos investidores foram fortemente prejudicados pela descida do valor das ações da PT. Contudo, a crise que atravessa aquela que já foi uma empresa de referência quer a nível nacional como internacional constitui uma oportunidade de negócio para os fundos especulativos.
Os hedge funds recorrem a estratégias de participação que lhes permitem especular quando as expectativas são de descida das cotações dos títulos. Para esse efeito, os fundos pedem títulos emprestados e vendem-nos, abrindo uma posição curta, na expectativa de recomprá-los mais tarde a um preço inferior ao da venda. A diferença de preço entre as duas transações, descontados os custos inerentes às mesmas, representa o lucro da operação.
Na segunda-feira, o Cheyne Capital anunciou ter uma posição curta na PT de 0,89%. No entanto, este não é um caso único, já que, atualmente, os interesses a descoberto na empresa ascendem a 5,78% do seu capital.
Segundo refere o Negócios, o Elliott Capital Advisors LP, fundado por Paul Singer, conhecido como “o abutre”, tem uma posição curta de 2,82% na PT, sendo que a primeira operação deste género promovida pelo fundo na empresa remonta a abril deste ano.