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Freitas defende nacionalizações das empresas estratégicas

Se as golden shares e os direitos de veto forem declarados ilegais pela UE, Freitas do Amaral diz que "haverá que caminhar sem receios para a nacionalização de 50,01% do capital das empresas que não estamos dispostos a perder".
Freitas do Amaral aconselha Sócrates a nacionalizar 50,01% da EDP, GALP e PT. Foto Cláudio Vitor Vaz/Flickr

Quando fala em sectores estratégicos, Freitas refere que empresas como a "PT,a EDP, a GALP (e a TAP!) estão entre os nossos "campeões nacionais". "Portugal não pode ficar sem elas, pois são para nós empresas estratégicas, são o melhor que fomos capazes d pôr de pé nas últimas décadas, em boa parte com o dinheiro dos nossos impostos".

"O Estado português não pode ceder. Tem de traçar um risco no chão, dizendo em voz alta e sem complexos: daí para cá não passam", afirmou o antigo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo de José Sócrates.

Freitas do Amaral lembra que na Europa continental "o interesse público sempre teve, e tem, primazia sobre os interesses privados, nomeadamente os económicos e lucrativos". "Por isso a nossa Constituição determina (e bem) que o poder económico está sempre subordinado ao poder político; e, quando tenta não estar, deve ser colocado no seu devido lugar".

"O projecto europeu fez-se, além do mais, para aumentar a concorrência - e não para reduzir essa competição incentivando as grandes a engolirem as pequenas", acrescenta Freitas do Amaral. "É paradoxal ver os capitalistas liberais, consciente ou inconscientemente, a contribuírem para dar razão a Marx, na sua 'lei da concentração capitalista'". 

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