Segundo os Planos de Reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), que visam "assegurar um rendimento de substituição" que permita aos funcionários "manter um padrão de vida razoável durante a aposentadoria", as pensões vitalícias são pagas "a partir de 50 anos de idade com um mínimo de três anos de serviço".
As prestações devidas a ex-funcionários do FMI chegam a ascender, por sua vez, a mais de 7 mil euros, o que contrasta, tal como tem vindo a denunciar Dean Baker, codiretor do Centro de Pesquisa Económica e Política, em Washington, com as "escassas pensões de algumas centenas de euros por mês auferidas pelos gregos e que tanto têm irritado os banqueiros".
Segundo Baker, caso a proposta do ex-ministro grego George Papandreu, no sentido de submeter o novo pacote de ajuda financeira a um escrutínio popular, tivesse, de facto, avançado, "o povo grego, que já foi forçado a aceitar um aumento da sua idade de reforma e pensões mais baixas, poderia sugerir o mesmo para os economistas do FMI".
"Mas a oportunidade de o povo grego participar na discussão rapidamente foi vedada", lamenta o codiretor do Centro de Pesquisa Económica e Política num artigo na sua coluna semanal no Guardian. "Estamos de novo perante um diálogo entre banqueiros e políticos", onde "não há muito espaço para a democracia", conclui.