A guerra entre os sindicatos e o governo de Manuel Valls entra esta semana numa fase decisiva. Poucos dias antes do início do Campeonato Europeu de Futebol, os ferroviários da SNCF afetos às centrais sindicais CGT, SUD e UNSA prometem parar a circulação de boa parte dos comboios no país.
À greve “ilimitada” dos ferroviários vão juntar-se na quinta-feira os trabalhadores dos transportes públicos de Paris e na sexta a aviação civil, contra os despedimentos e pela revisão do acordo de trabalho.
Nas últimas semanas, as greves contra a proposta de lei laboral bloquearam várias refinarias francesas, obrigando ao racionamento de combustível em algumas regiões do país. Quatro refinarias continuam em greve e cerca de 500 estações de serviço permanecem ainda sem gasolina, diz o diário Le Monde.
Os sindicatos contestam o reforço do poder patronal que a proposta de lei pretende instituir e insistem que é necessário retirar a proposta. Mas o governo e o presidente François Hollande já garantiram que não irão recuar, apesar da contestação social das últimas semanas.
A luta contra a lei laboral surge numa altura em que a popularidade de Hollande atingiu mínimos históricos, com as sondagens a indicarem apenas 14% de aprovação por parte dos franceses.
No dia 14 de junho realiza-se uma manifestação conjunta convocada pela CGT, FO, FSU, Solidaires, os estudantes da UNEF, FIDL e UNL.