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Espanha: desemprego atinge 5,27 milhões de pessoas

No quarto trimestre de 2011, a taxa de desemprego atingiu os 22,85%. Segundo a EPA (Encuesta de Población Activa), neste período, perderam-se 348 mil postos de trabalho. 53 400 pessoas deixaram de procurar trabalho.

A taxa de desemprego registada no final de 2011 é a mais elevada desde o primeiro trimestre de 1995, sendo que, pela primeira vez. A Espanha conta com mais de 5 milhões de desempregados.

Entre Outubro e Dezembro de 2011, 295.300 pessoas passaram a integrar a lista de desempregados.

Desde finais de 2007 já se destruíram 2,7 milhões de empregos, 55% dos quais no setor da construção, fenómeno que não é alheio ao estouro da bolha imobiliária registado em 2008.

Os jovens com menos de 25 anos são os mais penalizados pelo desemprego, sendo que mais de metade não encontram emprego.

Javier Velázquez, professor da Universidade Complutense de Madrid, aponta as medidas de austeridade impostas aos espanhóis como as principais causadoras do aumento desmesurado do número de desempregados, já que as mesmas ditaram uma forte contração da procura.

Até à data, o governo anunciou cortes de 8,900 bilhões de euros e o aumento de 6,3 bilhões nos impostos, com vista a assegurar um défice de 4,4% do PIB em 2012, contudo, o Banco da Espanha prevê uma queda de 1,5% do PIB este ano.

Não obstante as inúmeras vozes críticas no que se refere ao impacto das medidas de austeridade no crescimento económico do país e à notória precariezação das condições de vida dos trabalhadores, a troika sugere ao governo espanhol profundas reformas no mercado de trabalho, ideia que parece agradar ao executivo espanhol, que já anunciou um pacote de medidas para breve.

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