No primeiro aniversário da eleição do atual Presidente, mais de 200.000 manifestantes reuniram-se na Praça Tahrir, no Cairo este domingo para exigir o seu afastamento, antes de se dirigirem ao palácio presidencial, onde prosseguiram com as manifestações.
Em Alexandria, 100.000 pessoas protestaram de forma semelhante. Segundo relatos, existiram manifes iguais em dezenas de outras cidades. A dimensão das demonstrações, ultrapassou as previsões feitas por assessores presidenciais, que tinham esperado um cerca de 150.000 em todo o país.
Vários quadros da Irmandade Muçulmana, do Presidente Morsi, passaram o dia retidos da agitação, recenseando ameaças à sua segurança pessoal.
Morsi e a Irmandade Muçulmana têm sido criticados por governarem de forma autoritária e de promoverem a islamização do país. Por outro lado, o Presidente é acusado de oprimir ativistas e jornalistas e de não conseguir resolver os problemas relacionados com a queda abrupta da qualidade de vida dos egípcios.
O futuro do Egito é uma incógnita, há quem levante a hipótese de os militares aproveitarem o momento para um golpe de Estado, por seu lado, os apoiantes de Morsi esperam que a chegada do Ramadão sossegue os protestos.
Os manifestantes recusam-se a parar e unem-se, na sua diversidade, em torno da reivindicação “o meu presidente não é Morsi”, rejeitando a captura da revolução.