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Citigroup: Portugal irá recorrer a um novo empréstimo e deverá reestruturar a sua dívida

Ainda que Portugal esteja a aplicar “de forma diligente” as medidas de austeridade impostas pela troika, o país deverá pedir brevemente um novo pacote de financiamento externo, sublinha o Citigroup. A agência financeira norte americana defende a reestruturação da dívida portuguesa.
Foto de Paulete Matos.

“Antecipamos que Portugal peça em breve uma extensão do seu pacote de resgate, apesar de estar a aplicar de forma diligente a maioria das medidas a que está obrigado pelo programa da troika”, referem os analistas do Citigroup num relatório publicado na passada sexta feira.

“Apesar de esta futura extensão dificilmente ser acompanhada de uma reestruturação de dívida, esperamos que, entre um a três anos, haja lugar a uma reestruturação - incluindo o envolvimento do setor privado e do setor oficial - já que o programa da troika provavelmente não será capaz de trazer sustentabilidade orçamental a Portugal”, adianta ainda esta agência norte americana.

O City não acredita que Portugal consiga atingir o objetivo de manter o défice nos 4,5% em 2012. Por outro lado, e mediante a quebra acentuada das receitas fiscais e a diminuição do ritmo de crescimento das exportações, a instituição aponta uma contração da economia de 6,1% em 2013, contra o crescimento de 0,6% estimado pelo executivo do PSD/CDS-PP.

Em 2015, Portugal deverá atingir um nível de endividamento de 147%, adianta ainda o Citi, que defende que, para inverter esta situação, Portugal necessitaria de um perdão de 40% da dívida que está nas mãos de privados e de 20% do montante que está nas mãos do setor oficial, no qual se inclui, nomeadamente, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu.

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