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Bloco apresenta plano financeiro para sair da recessão
Em conferência de imprensa este domingo, Francisco Louçã apresentou as linhas gerais da “alternativa detalhada” que o Bloco apresentará nas suas jornadas parlamentares a realizar em 18 e 19 de Outubro, imediatamente nos dias seguintes à apresentação da proposta de OE 2011 do governo.
O seguinte quadro resume os objectivos da proposta do Bloco:
Os princípios desse plano financeiro para sair da recessão são os seguintes:
Na redução da despesa:
- eliminação dos benefícios fiscais aos PPR, em IRC e IRS, 100M
- eliminação dos benefícios fiscais aos seguros de saúde, quando se trate de actos médicos assegurados pelo SNS, 100 milhões
- alteração do artigo 92 do IRC, impondo um mínimo de 90% para o pagamento do imposto, considerando os benefícios fiscais e anulando taxas especiais e liberatórias, 1000 milhões
- escolha pelo doente da embalagem do medicamento, 200 milhões para as famílias e 80 para o Estado
- corte nas consultorias jurídicas e outra assistência, 670 milhõesaplicação do princípio do englobamento dos rendimentos, para equidade fiscal, 500 milhõescorte em institutos, empresas municipais e outras, 700 milhões
No aumento da receita:
- Taxa sobre as mais valias a SCR, SGPS etc, 200 milhões
- Taxa sobre transferências para offshores, 750 milhões
- Pagamento pela PT de impostos sobre a mais valia da operação Brasil, 1000 milhões
O coordenador do loco de Esquerda mostrou as grandes diferenças que há entre a alternativa do Bloco e a proposta do governo:
O do Governo é recessivo: reduz rendimentos e despesas sociais, e portanto atinge imediatamente a procura interna. A economia portuguesa estará pior depois destas medidas.
O do Bloco promove uma resposta à recessão, porque estimula o investimento ao mesmo tempo que responde à crise orçamental com medidas que protegem o salário, a procura interna e a actividade económica.
Contas do governo estão “marteladas” e ocultam o escândalo do BPN
Francisco Louça advertiu ainda que Portugal poderá enfrentar uma segunda crise em 2011, considerando que as contas do governo estão “marteladas” e ocultam “o escândalo financeiro do BPN”.
Assim, as contas nacionais no próximo ano têm uma gravíssima incógnita e podem enfrentar um problema semelhante ao da Irlanda, que viu o seu défice aumentar de 10 para 32 por cento “por ter sido forçada a considerar nas contas nacionais o impacto de uma nacionalização de um banco falido”.
“Portugal não está livre do mesmo perigo”, advertiu Louçã. “A maior fraude bancária em Portugal foi a do BPN e depois a sua nacionalização já produziu um prejuízo de 4500 milhões de euros. Se for vendido será por 200 milhões de euros, faltam 4300 milhões de euros, que é aproximadamente o total do montante que é obtido com estas medidas dramáticas de aumento de impostos e de redução dos salários”, referiu o líder bloquista.
“Se as contas estão marteladas e ocultam um dos principais problemas”, prosseguiu, “não vale a pena fechar os olhos ao facto de que, baixando salários, aumentando impostos, cortando na saúde, o governo pretende conseguir cerca de 5500 milhões de euros e o buraco do BPN é quase tanto como isso”, sustentou, acrescentando que “95 por cento deste buraco vai ser pago pelos contribuintes”.
Para o deputado do Bloco, o país tem andado “de irresponsabilidade financeira em irresponsabilidade financeira e os portugueses perguntar-se-ão porque é que têm de pagar tanto dislate a partir da redução dos seus salários”.
Comentários
Tudo muito bem e
Tudo muito bem e inteligível.
A ultima prestaçao parlamentar foi sublime. Lamento nao terem rebatido a ideia sugerida pelo meu conterraneo Francisco Assis que Socrates é um ...Estadista!
Tb me "custa engolir" o apoio do Bloco à candidatura de M.ALEGRE!
Saudaçoes
AA
Apesar do que está escrito,
Apesar do que está escrito, não se consegue perceber em concreto onde irão ser efectuados os cortes. claro que todos temos ideia genérica de como reduzir a despesa mas importava que aqui fosse concretizado. "Eliminação de despesa fiscal"... Como? Por que meios? "Imposto sobre a PT"... e como impedir que isso fosse repercutido no consumidor?
Por outro lado, sendo a despesa publica elevada, não seria importante que isso começasse também pela assembleia da república, com cortes nas despesas de cada grupo parlamentar? Que houvesse cortes em salários de funcionários que estão a receber pela AR mas a trabalhar nos partidos, como acontece no BE?
Bom... tudo visto, são sempre os mesmos a pagar.
Vale a pena o exercício. É
Vale a pena o exercício. É pena não ser possível debate-lo publicamente, dado o condicionamento da comunicação social. É pena não conseguir leva-lo aos eleitores por se tratar de temas "muito técnicos" e haver mais "técnicos" "vendidos" aos seus próprios rendimentos políticos que pessoas livres e capazes de valorizar as ideias. É pena a política (e também o BE) estarem tão distantes do povo, como de resto está toda a classe média (há 20% de pobres e mais 20% de pobres subsidiados para saírem das estatísticas - é quase toda a gente).
Mesmo que estas excelentes
Mesmo que estas excelentes medidas fossem publicitadas,as técnicas dos republicanos fascistas americanos tipo Fox news já estão a ser utilizdas pela SIC TVI e seus comentadores sempre de extrema direita,porque a social democracia não existe em Portugal.
Ou seja,quando as medidas não agradam as oligarquias mente-se dizendo que boas medidas não são exequíveis.A Clara de Sousa juntamente com o Miguel Tavares aproveitaram para atacar o BE sem direito ao contraditório com mentiras nojentas.Da Bolívia é que eles não gostam de falar.lol
Agora até o Marques Mendes é comentador da TVI.Vejam lá,como as homilias mentirosas e manipuladoras do Marcelo já não chegavam agora vão buscar outro ex líder do PSD.lol Espectacular!Tragam também os ex líderes do CDS e PNR.
Acho que o Freitas do Amaral está a precisar de mais um chequezinho.
Transfiram já as sedes do PSD e do CDS para as TV's privadas em Portugal.
...e os que andam a ser pagos
...e os que andam a ser pagos pelos contribuintes para angariarem adeptos para a UDP? Aliás NOVA UDP?... escandaloso:) :)
Tudo que o B.E diz que se
Tudo que o B.E diz que se deve cortar e que tem aqui escrito detalhadamente deveria ser levado a sério pela população com rendimentos médios e pela população com rendimentos baixos ou nenhuns como no meu caso,porque a população de rendimentos altos estão contentes com o orçamento que o PS conjuntamente com o PSD e CDS/PP vão aprovar,porque esse orçamento vai ao bolso dos mesmos de sempre,por isso é que o fosso entre os mais ricos e os mais pobres se acentua cada vez mais,temos que dar força a este novo partido politico para que o nosso pais mude de rumo,antes que seja tardede mais,vamos botar numa esquerda que nos dá confiança para um presente e futuro melhores e deixem de acreditar em promessas mesquinhas de quem não nos tem sabido governar nestes anos após o 25 de Abril.
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