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Belmiro de Azevedo: portugueses devem fazer “algum esforço” para combater o desemprego

Em declarações à agência Lusa, Belmiro de Azevedo defendeu, esta quarta feira, que "o problema do desemprego resolve-se muito bem, desde que as pessoas façam aquilo que é óbvio”. Os portugueses têm que "fazer algum esforço" e "ter vontade", adiantou o presidente da Sonae. Para Belmiro de Azevedo, emigrar será a solução para os problemas dos portugueses.
Foto de MIGUEL A. LOPES/LUSA.

"Os homens e as mulheres de 1960 [vinham para França] em condições muito piores e até levavam uns tiros na fronteira. Agora vêm de jato e nem assim querem vir", frisou Belmiro de Azevedo à margem de um jantar da Câmara do Comércio e Indústria Franco Portuguesa, em Paris.

"Quantos não regressaram a Portugal? E não estão melhor agora?", adiantou o líder da Sonae referindo-se aos milhares de emigrantes portugueses que se instalaram em França entre os anos de 1960 e de 1980.

Não se trata de "emigrar", mas de "viajar", esclareceu Belmiro de Azevedo, frisando que "os empregos nascem em sítios que não estão ao lado de casa".

Os portugueses têm que "fazer algum esforço" e "ter vontade", até porque, advogou, "neste momento, a educação das pessoas em Portugal não tem comparação [com a das gerações anteriores] e, portanto, até é fácil arranjar emprego" [no estrangeiro].

"O problema do desemprego resolve-se muito bem, desde que as pessoas façam aquilo que é óbvio. O emprego fora de Portugal é, em muitos sítios no mundo, onde há muita posição, muito interessante, a ganhar muito bem. Mas Portugal não se habituou", acrescentou.


 

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