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Aula Magna acolhe iniciativa em defesa da Constituição

"Em defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social", Mário Soares volta a juntar intervenções de diversos quadrantes políticos esta quinta-feira, às 21h na Aula Magna da Universidade de Lisboa. O ex-presidente defende que "para salvar Portugal é preciso que o Governo e o Presidente se demitam".

Depois da sessão pública "Libertar Portugal da Austeridade", que encheu a Aula Magna no dia 30 de maio para ouvir Mário Soares, Sampaio da Nóvoa e vários representantes dos partidos de esquerda, o ex-presidente organiza para esta quinta-feira uma nova iniciativa, mais alargada a todos os que se opõem às políticas de austeridade e de ataque à Constituição da República.

Para além do principal promotor, estão previstas intervenções do presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Alfredo Bruto da Costa, do fadista Carlos do Carmo, da vereadora lisboeta Helena Roseta, do reitor da Universidade de Coimbra João Gabriel Silva, da eurodeputada bloquista Marisa Matias, do dirigente comunista Ruben de Carvalho, do ex-deputado do PSD Pacheco Pereira e do ex-Chefe do Estado Maior do Exército, Pinto Ramalho.

Em entrevista ao diário "i" esta quarta-feira, Mário Soares é contundente na definição das condições de partida para que o país possa sair da crise. "Antes de qualquer outra coisa, é preciso que este governo se demita e igualmente o Presidente, porque não respeita a Constituição, que jurou cumprir e fazer cumprir", declarou o ex-Presidente.

Para Mário Soares, Cavaco Silva "é o principal responsável da situação inaceitável a que se chegou. Porque é o protetor do seu partido e também não dialoga com ninguém, porque tem medo de sair à rua e falar com as pessoas. Lá saberá porquê", remata o histórico socialista, depois de chamar a atenção para a "situação de desespero em que as pessoas estão, que pode conduzir à violência". Soares defende ainda que só um novo Governo e um novo Presidente poderão criar condições para "dialogar com as pessoas, lutar contra o desemprego e evitar os suicídios, o desespero, a criminalidade, a emigração e a miséria".

"Em Defesa da Constituição, da Democracia e do Estado Social"

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