Alegre: Antecipação de dividendos da PT cria revolta brutal

26 de novembro 2010 - 17:31

Candidato presidencial diz que “não se pode pedir sacrifícios às pessoas, e depois acontece uma coisa destas.” Greve geral foi “um facto sindical, político e democrático novo”.

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Foto da campanha de Manuel Alegre

Manuel Alegre disse em entrevista ao semanário Sol que a antecipação de dividendos da PT aos accionistas, que lhes permite escapar de um novo imposto, “cria uma revolta brutal”. Para o candidato presidencial, “não se pode pedir sacrifícios às pessoas – cortes de salários, pensões congeladas – e depois acontece uma coisa destas.” Se fosse presidente, diz Alegre, teria chamado a administração da PT, o ministro das Finanças e o primeiro-ministro e perguntava: “Então como é?”

Sobre a greve geral, Alegre considera-a “um facto sindical, político e democrático novo, num contexto novo. E pode criar uma dinâmica útil à democracia. É um alerta para a sociedade”

O candidato reafirma que o foco principal da sua campanha é a defesa dos serviços públicos, a defesa do Estado Social, e volta a desafiar Cavaco Silva a definir-se. “Eu veto a privatização do SNS, da escola pública e da segurança social. Veto também o fim da justa causa na lei laboral.”

Defende também a adopção por casais homossexuais, considerando que “depois de aprovado o casamento homossexual, independentemente da opinião pessoal, a adopção é inevitável.” Apesar de reservas pessoais (“eu sou de outra geração”, diz), afirma ser pelas liberdades e pela eliminação das discriminações.