Filipe Santos

Filipe Santos

Mineiro

Foi em Castro Verde, mas poderia ter sido em qualquer outro lugar. O impulso no crescimento de ideologias discriminatórias, facilmente conotadas ao radicalismo efervescente e extremista de direita, é o sintoma de uma democracia doente, fraca, permeável.

Há um ano, às portas da Somincor, os trabalhadores de fundo e de superfície reivindicavam a humanização dos horários de trabalho e a contagem do tempo de serviço dos operadores de lavaria.

O último trimestre de 2017 foi de conflito entre os trabalhadores mineiros de fundo, de superfície e serviços conexos, no baixo Alentejo, e as respetivas administrações das empresas concessionárias das explorações minerais e “prestadoras de serviços”.

O eco da luta também se faz entre os trabalhadores. Se antes tinham dúvidas, a justiça das reivindicações trouxe à greve uma maior adesão de trabalhadores, principalmente entre os trabalhadores de superfície.

A luta dos trabalhadores da Somincor tem como objetivo central a humanização dos horários de trabalho, para os dois grandes grupos de trabalhadores: os mineiros e os operadores de lavarias e adstritos.