António Lima

António Lima

Deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia Regional dos Açores e Coordenador regional do Bloco/Açores

A polarização causada pela crise política, associada à campanha assente no medo, subtraíram à esquerda. O Bloco não conseguiu contrariar essa tendência e não cumpriu os seus objetivos. Ainda assim, resistimos e fomos a quarta força, num contexto muito difícil para a esquerda.

Votar na direita, em qualquer dos partidos da direita, é um cheque em branco para deixar tudo como está. Um governo de Bolieiro e da coligação PSD/CDS/PPM será mais do mesmo. Os mesmos resultados negativos na educação, na saúde, na falta de respostas para a habitação.

Não teria tempo para listar todos os incumprimentos de Bolieiro e seus parceiros. Por isso aqui fica uma lista de 5 dos incumprimentos mais graves de compromissos constantes do programa de governo.

Nas últimas semanas, ao mesmo tempo que se instalava definitivamente a crise política nos Açores, conhecemos indicadores verdadeiramente preocupantes na região. Esses indicadores dão conta de um sério agravamento das condições de vida, contrariando a propaganda governamental.

A solução de governo engendrada por Bolieiro significou sempre instabilidade para os Açores e para a vida das pessoas. A degradação dos serviços públicos é um sintoma da instabilidade permanente.

As últimas semanas significaram que os Açores mergulharam num pântano político por responsabilidade total do governo regional de direita, do PSD, CDS e PPM e dos partidos que garantiram a sua existência e governação até aqui, CH e IL.

Os mesmos que votaram contra, este ano alegremente votarão a favor com a mesma falta de vergonha com que rejeitaram, em 2022, garantir estabilidade a mais de seiscentos trabalhadores essenciais da saúde e com isso reforçar o SRS.

Num ato de enorme taticismo eleitoral, os partidos da direita - os do governo e os outros - optam por criar uma crise política. E porquê? Porque a sua política falhou naquilo que mais importa ao futuro dos Açores.

O “Roteiro da Habitação” do Governo Regional do PSD/CDS/PPM apoiado pelo CH e IL não passou por isso de um mero panfleto de propaganda eleitoral requentado.

Só com total má-fé se pode ler nas palavras do Secretário-Geral da ONU qualquer apoio ao terrorismo. O governo de Israel acusou Guterres de apoiar o terrorismo, como faz com qualquer pessoa que manifeste preocupação com a população da Palestina e que recorde a ocupação ilegal do território palestiniano.