Bloco propõe reabilitação urbana para criar emprego

05 de setembro 2013 - 18:17

Em Ponte de Sôr, a coordenadora do Bloco de Esquerda, afirmou que “há alternativas ao empobrecimento” e defendeu a proposta de um plano de reabilitação urbana. Catarina Martins salientou também que “no dia 29 é preciso derrotar Passos Coelho e Paulo Portas”, pois “cada voto na direita é um voto no empobrecimento”.

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Catarina Martins salientou também que “no dia 29 é preciso derrotar Passos Coelho e Paulo Portas”, pois “cada voto na direita é um voto no empobrecimento” - Foto de Paulete Matos

A coordenadora do Bloco de Esquerda esteve na noite desta quarta-feira em Ponte de Sôr na apresentação da candidatura local do Bloco de Esquerda. A candidatura do Bloco em Ponte de Sôr é encabeçada por Maria Antónia Frio (candidata à Câmara) e António Ricardo (candidato à Assembleia Municipal).

Catarina Martins começou por considerar que as próximas eleições autárquicas são muito importantes, pois “são as primeiras eleições da era da troika” e nelas os eleitores “são chamados a duas responsabilidades essenciais: uma é não desistir da democracia, da soberania do povo, a outra é ter coragem de dizer “não” à inevitabilidade, não à sangria do nosso país para os interesses financeiros e exigir um futuro onde caibam todos e todas”.

Sublinhando que no “dia 29 é preciso derrotar Passos Coelho e Paulo Portas” e que “cada voto na direita é um voto no empobrecimento”, Catarina Martins destacou que a nível local é possível “responder à crise social” e defender “políticas contra-cíclicas para a criação de emprego”.

A coordenadora falou então da proposta do Bloco de Esquerda de um programa para a reabilitação urbana. “O desafio que propomos a todos os partidos é que uma parte significativa dos fundos comunitários seja investida na reabilitação urbana com o objetivo de atingir os 200.000 fogos de habitação e criar 60 mil empregos através de bonificação de crédito público a proprietários, mas também através de programas públicos com as autarquias”, afirmou Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda salientou que “o Estado português pode usar os fundos desta maneira”, sendo necessária “uma contrapartida nacional, que neste momento é baixa, anda por volta dos 15%”.

Para essa contrapartida nacional, o Bloco propõe que se exija ao Banco Central Europeu (BCE) que não se paguem as comissões àquela instituição como acontece com a Grécia, mas não com Portugal. “Portugal tem que exigir que sejam dadas a Portugal as mesmas condições que foram dadas à Grécia. Porque a Grécia não paga as comissões ao BCE. Portugal está a pagar 3.000 milhões de euros”, frisou Catarina Martins.

A concluir, a coordenadora do Bloco sublinhou que o Bloco defende “um programa de reabilitação urbana que possa reabilitar o parque habitacional, mas em conjugação com as câmaras possa dar conta de necessidades tão básicas como a acessibilidade aos cuidados primários de saúde, com tantos edifícios que não servem para pessoas com mobilidade reduzida, ou para escolas que não têm condições”.

“É um programa para criar emprego ao mesmo tempo que dá qualidade de vida às pessoas e defende o direito à habitação”, rematou Catarina Martins.